Morre ‘O Assassino da Machete’, um dos maiores seriais killers da história dos EUA
Aos 85 anos, Juan Corona cumpria pena de 25 prisões perpétuas na Califórnia, uma para cada homicídio comprovado
- Data: 05/03/2019 09:03
- Alterado: 05/03/2019 09:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo/AP
In this March 23, 2018, photo released by the California Department of Corrections and Rehabilitation is Juan Vallejo Corona. California State Prison-Corcoran inmate Corona, 85, died of natural causes on Monday, March 4, 2019, at an outside hospital. Corona was serving 25 concurrent life sentences for 25 counts of first-degree murder. His victims were all farm workers. (California Department of Corrections and Rehabilitation via AP)
Crédito:Reprodução
O mexicano Juan Corona, que chegou a ser considerado o maior serial killer da história dos Estados Unidos, morreu nesta segunda-feira (4), aos 85 anos. “O Assassino da Machete” cumpria pena perpétua na Califórnia, estado norte-americano onde foi condenado, em 1971, por 25 homicídios e ocultação dos cadáveres das vítimas.
O comunicado foi feito pelo Departamento de Correção e Reabilitação da Califórnia. Corona, que cumpria sentença na penitenciária de Corcoran, estava hospitalizado e “morreu de causas naturais”, mas maiores detalhes não foram revelados.
Imigrante nos EUA, Corona trabalhava como empreiteiro de mão-de-obra agrícola. A maioria das vítimas do serial killer eram trabalhadores rurais contratados por ele mesmo e que acabavam esfaqueados. A prática rendeu o apelido de “O Assassino da Machete”, por causa do uso desse tipo de faca de cortar matagal para cometer os homicídios.
Corona foi preso depois de um fazendeiro de pêssego, que contratou o mexicano para recrutar empregados, suspeitar de um buraco na propriedade, que parecia ter sido fechado havia pouco tempo. O agricultor chamou as autoridades porque achava que haviam invadido o pomar dele para enterrar lixo, mas policiais encontraram um homem morto, que teve a cabeça cortada e o corpo perfurado por facadas.
Corona foi preso uma semana depois do aparecimento do corpo da primeira vítima. Buscas subsequentes revelaram mais 24 pessoas enterradas, em localidades diversas, que haviam sido assassinadas pelo serial killer, entre elas muitas que foram contratadas pelo empreiteiro.
Em 1971, a Justiça da Califórnia condenou Corona a 25 prisões perpétuas, uma para cada assassinato comprovado. Suspeitas de mais homicídios cometidos por ele nunca foram confirmadas. O sentenciado quase morreu dois anos depois do julgamento, quando foi esfaqueado dentro de uma prisão, incidente que custou a ele a perda da visão do olho esquerdo.
O julgamento de Corona chegou a ser anulado em 1978, por alegação de que, quando réu, ele não havia recebido um atendimento legal adequado por parte do advogado. O serial killer permaneceu encarcerado até o fim de um novo processo aberto, que também resultou na condenação a 25 prisões perpétuas.
Corona teve oito pedidos de liberdade condicional negados pela Justiça da Califórnia, o último deles em 2016. “Tratava-se de um assassino brutal. Ele esfaqueou pessoas até matá-las”, disse à AP a promotora do condado de Sutter, Amanda Cooper, para justificar a recusa à requisição do sentenciado, há três anos.