Ministério da Saúde treina profissionais que atuam no território Yanomami

Médicos, enfermeiros e outros profissionais lotados no território indígena são qualificados para reduzirem urgências obstétricas e neonatais, aperfeiçoarem tratamento contra a malária, dentre outras ações

  • Data: 26/06/2024 09:06
  • Alterado: 26/06/2024 09:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Otávio Augusto Ministério da Saúde
Ministério da Saúde treina profissionais que atuam no território Yanomami

Crédito:Divulgação/MS

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O Ministério da Saúde iniciou uma série de treinamentos para aprimorar as políticas de saúde e de cuidado aos yanomami. Profissionais que atuam no território indígena (TI) serão qualificados para reduzirem urgências obstétricas e neonatais; aperfeiçoarem o diagnóstico e o tratamento contra a malária; e melhorarem a triagem nutricional da população. Os cursos têm a duração de 10 dias e vão até a próxima quinta-feira (27).

Com foco na assistência às urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária, 70 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem e profissionais que atuam no TI Yanomami, na maternidade da Casa de Saúde Indígena (Casai) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), recebem treinamento.

A formação busca prevenir a mortalidade materna causada por hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia. A estratégia de capacitação vai incluir emergências obstétricas, cuidados ao nascimento, reanimação e transporte neonatal, além da qualificação para a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI).

Malária

Um segundo treinamento aplicado na terra indígena foca na reciclagem do profissional para a prevenção, diagnóstico e tratamento da malária. No curso, são atualizadas práticas de saúde como abordagem do ciclo da doença, sintomas, além do diagnóstico como exame clínico, e a realização de teste rápido e coleta de lâminas.

Dentro da formação, os profissionais de saúde terão contato com lideranças indígenas e médicos tradicionais para a troca de conhecimentos sobre os cuidados e como os povos indígenas se comportam quando acometidos pela doença.

Questões como quebra e abandono de tratamento, administração da medicação e as características do povo Yanomami também são abordadas. Além disso, serão trabalhadas práticas de educação em saúde como controle ambiental (secar criadores, pulverização, hora de atividade da fêmea), notificação e registro dos casos.

Triagem nutricional

Na mesma tendência, a triagem e prevenção da desnutrição são o foco de aulas com os agentes de saúde. A ideia é fortalecer práticas como identificação de elementos determinantes da desnutrição. O curso reforça a necessidade de atenção para ações da assistência como medir temperatura e altura, pesar e fazer o teste de perímetro braquial (fita). Essas são medidas consideradas essenciais para controle da desnutrição.

Outras ações

Desde janeiro de 2023, em uma ação interministerial, o Ministério da Saúde aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater as principais doenças, como a malária e a desnutrição no território Yanomami.

Segundo a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas.

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  • Data: 26/06/2024 09:06
  • Alterado:26/06/2024 09:06
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  • Fonte: Otávio Augusto Ministério da Saúde









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