Ministério censura perguntas sobre o Orçamento de 2021 na coletiva da LDO 2022

Na coletiva de hoje, 15, convocada para a apresentação do Projeto de LDO de 2022, a assessoria de imprensa disse que não seriam lidas perguntas que não fossem estritamente sobre o projeto

  • Data: 15/04/2021 18:04
  • Alterado: 15/04/2021 18:04
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Ministério censura perguntas sobre o Orçamento de 2021 na coletiva da LDO 2022

O Secretário especial da Fazenda

Crédito:Edu Andrade/ME

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Na indecisão pela sanção ou veto do Orçamento de 2021 o Ministério da Fazenda decidiu censurar perguntas de jornalistas em entrevista virtual com o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues

Como mostrou a reportagem, a sanção do Orçamento colocou o presidente da República Jair Bolsonaro, entre o Congresso e o ministro da Economia, Paulo Guedes, e gera hoje impasse delicado para o governo.

Na coletiva desta terça-feira, convocada para a apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, a assessoria de imprensa disse que não seriam lidas perguntas que não fossem estritamente sobre o projeto, as quais seriam respondidas posteriormente por e-mail.

Questionamentos sobre o salário mínimo deste ano ou sobre quando o País voltará a ter superávit primário, no entanto, foram lidos na coletiva. Outros relacionadas ao imbróglio do Orçamento deste ano, no entanto, ficaram de fora.

Entre as perguntas censuradas estão indagações sobre, na avaliação da equipe econômica, se o presidente Jair Bolsonaro sancionar o Orçamento de 2021 sem vetos comete crime de responsabilidade fiscal, e sobre se as eleições do ano que vem podem aumentar as despesas não obrigatórias para satisfazer a parte política.

Disputa

Como mostrou a reportagem, em reunião na terça-feira à tarde no Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), alertou o presidente Jair Bolsonaro que o governo perderá a base de apoio caso vete o projeto e não conseguirá mais aprovar nenhuma matéria no Congresso, incluindo as reformas administrativa e tributária.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender o veto com o argumento de que Bolsonaro pode cometer crime de responsabilidade, que poderia acabar desembocando num processo de impeachment. Guedes, mais uma vez, chegou a colocar o cargo à disposição, mas não foi levado a sério.

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