MinC celebra ampliação do alcance do audiovisual brasileiro no exterior
Em reuniões foram debatidas a distribuição e a coprodução com outros países
- Data: 27/05/2024 10:05
- Alterado: 27/05/2024 10:05
- Autor: Redação
- Fonte: MinC
Festival de Cannes
Crédito:Divulgação
Um dos mais importantes eventos do calendário cinematográfico mundial, o Festival de Cannes terminou neste sábado (25), na França, com a cerimônia de anúncio dos vencedores, incluindo o ganhador da Palma de Ouro. O Ministério da Cultura (MinC) esteve presente na 77ª edição da mostra, representado pela Secretaria do Audiovisual (SAV), para promover o setor no mercado internacional.
“A participação brasileira no Festival de Cannes neste ano foi histórica. Tivemos uma presença marcante tanto nas mostras principais quanto nos espaços de mercado. E o governo brasileiro também voltou a ter uma presença significativa, reposicionando a própria presença do MinC em espaços internacionais estratégicos como este”, afirmou a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga.
A secretária, o coordenador-geral de Difusão e Internacionalização da SAV, André Araujo; e o coordenador-geral de Assuntos Internacionais do MinC, Vinícius Gurtler, estiveram nas exibições de filmes e nas reuniões com representantes do setor cinematográfico realizadas ao longo de oito dias de intenso diálogo entre diferentes agentes do setor.
Nos encontros foram debatidos temas como a coprodução com outros países. E, principalmente, possibilidades para ampliação da circulação e da promoção dos conteúdos audiovisuais brasileiros no mundo.
Além da mostra competitiva, o Festival tem um espaço para a discussão de oportunidades de negócios pela indústria cinematográfica – de parcerias e financiamento a distribuição -, o Marché du Film.
Neste ano, de forma integrada ao Marché du Film, e por meio de uma parceria com o Instituto Francês e a Embaixada da França no Brasil, o MinC realizou duas atividades. A primeira foi o encontro de autoridades e especialistas do setor audiovisual, que contou com a participação de representações do Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Canadá, França e Uruguai, debatendo iniciativas para fortalecer intercâmbios profissionais e de conteúdos entre os países.
A segunda foi a sessão Focus on Brazil, na qual foram apresentadas as políticas de fomento ao setor e proposição de agenda de atividades em colaboração com a França para 2025. Essas foram ações integradas da delegação brasileira, formada por MinC, Itamaraty e ApexBrasil.
Seleção
O Brasil teve seis produções na seleção de Festival de Cannes 2024. O longa-metragem “Motel Destino”, do cineasta cearense Karim Aïnouz (de “Madame Satã” e “A Vida Invisível”) disputou a Palma de Ouro, prêmio mais cobiçado do certame. E “Amarela”, do nipo-brasileiro André Hayato Saito, esteve no páreo da Palma entre os curtas. Ambos eram os únicos títulos latino-americanos selecionados para as competições das duas categorias.
A seleção brasileira incluiu ainda “A Queda do Céu”, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, na Quinzena dos Cineastas; “Baby”, de Marcelo Caetano; e o curta de animação “A Menina e o Pote”, de Valentina Homem, ambos na Semana da Crítica; e a versão restaurada de “Bye, Bye Brasil”, de Cacá Diegues, na Mostra Cannes Classics.
“Baby”, exibido na terça-feira (21), deu a Ricardo Teodoro o prêmio de melhor ator revelação. O filme foi um dos sete selecionados, dentre mais de mil inscritos, para a mostra paralela do Festival de Cannes.
A participação significativa do país no evento na Riviera Francesa também é fruto das ações do Ministério para aumentar a presença do audiovisual brasileiro no mundo, além de conquistar novos mercados.
“Temos seis filmes brasileiros em Cannes esse ano, e isso significa muito. Significa que temos apoio”, enalteceu a diretora do curta “A Menina e Pote”, Valentina Homem, em sessão no festival.