Mapa da Mina investiga pagamentos da Oi para empresas de Lulinha

69ª fase da Lava Jato investiga repasses de R$ 132 mi da Oi para empresas ligadas a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha

  • Data: 10/12/2019 09:12
  • Alterado: 10/12/2019 09:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Mapa da Mina investiga pagamentos da Oi para empresas de Lulinha

Crédito:Reprodução

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A Operação Mapa da Mina, 69ª fase da Lava Jato desencadeada na manhã desta terça-feira, 10, investiga supostos repasses financeiros suspeitos realizados por companhias do grupo Oi/Telemar em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas pelo filho mais velho do ex-presidente Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, pelos irmãos Fernando Bittar e Kalil Bittar e pelo empresário Jonas Suassuna. Segundo o Ministério Público Federal, os pagamentos foram realizados entre 2004 e 2016 e são superiores a R$ 132 milhões. A operação foi batizada de “Mapa da Mina”, em razão de um arquivo eletrônico de apresentação financeira interno da empresa encontrado durante a deflagração da 24ª fase da Operação.

A Procuradoria indicou ainda que paralelamente aos repasses para o grupo Gamecorp/Gol, o grupo Oi/Telemar foi ‘beneficiado’ pelo Governo Federal com decisões políticas e administrativas no setor de Telecomunicações – ‘a exemplo do Decreto nº 6.654/2008, assinado pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permitiu a operação de aquisição da Brasil Telecom pelo grupo Oi/Telemar’.

 “Mensagens apreendidas no curso das investigações também denotam que o grupo Oi/Telemar foi beneficiado pela nomeação de conselheiro da Anatel”, indicam os procuradores.

A ‘Mapa da Mina’ cumpre na manhã desta terça, 10, 47 mandados de busca em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito Federal. As ordens foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

A investigação tem como base evidências colhidas durante a 24ª etapa da Lava Jato, a Aletheia, que, em março de 2016, levou coercitivamente o ex-presidente Lula para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas.

 “As investigações apontam que as empresas do grupo Gamecorp/Gol não possuíam mão de obra e ativos compatíveis com a efetiva prestação dos serviços para os quais foram contratadas pela Oi/Telemar”, diz a nota do Ministério Público Federal.

O grupo Gamecorp/Gol é integrado pelas empresas G4 Entretenimento e Tecnologia Digital, Gamecorp, Editora Gol, Gol Mídia, Gol Mobile, Goal Discos, Coskin, PJA Empreendimentos e PDI.

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  • Data: 10/12/2019 09:12
  • Alterado:10/12/2019 09:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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