Mais de R$ 3 bi circularão na economia do ABC com 13º salário

Os pagamentos do 13º salário dos trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vão injetar R$ 379,9 milhões em recursos na região. Os dados são da estimativa elaborada pela Subseção do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a partir dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, e nas informações do Ministério da Previdência e Assistência Social.

Formada por 70.948 trabalhadores metalúrgicos nos municípios de São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com salário médio de R$ 5.354,09, a base representa 9,7% da mão de obra formal da região, mas participa com 12% dos recursos pagos ao total de trabalhadores formais e beneficiários da Previdência Social no Grande ABC e com 16,7% dos recursos pagos aos trabalhadores com carteira assinada. Entre os empregados na indústria de transformação, os metalúrgicos do ABC somam 37,8% do total e são responsáveis por 45,4% dos recursos do 13º salário pagos a estes trabalhadores.

IMPACTO TOTAL DE R$ 3,1 BI
O DIEESE também levantou o valor total em recursos que serão destinados à região a partir dos pagamentos do 13º salário de todos os setores da economia. Até dezembro de 2017 estima-se que será injetado o montante de R$ 3,1 bilhões no Grande ABC, sendo R$ 2,3 bilhões pagos aos trabalhadores com carteira de trabalho assinada e R$ 826,7 milhões destinados aos beneficiários da Previdência Social, aposentados e pensionistas. Os recursos beneficiam cerca de 1,24 milhão de pessoas, sendo 729,9 mil trabalhadores formais e outros 507,5 mil beneficiários da Previdência Social.

Do total destinado ao pagamento de 13º salário no Grande ABC, 73,3% originam-se de rendimentos do trabalho formal e 26,7% dos benefícios previdenciários. Em detalhes, a soma a ser paga obedece a seguinte distribuição: 27,0% de recursos da indústria de transformação, provenientes de 15,2% das pessoas que deverão receber o abono de final de ano; 26,6% do setor de serviços; 10,4% do comércio; 6,2% da administração pública e 2,5% da construção civil.

Em relação aos municípios, São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e Diadema participam com 87,7% dos recursos a serem pagos aos trabalhadores formais e beneficiários da Previdência. Por outro lado, os municípios de Ribeirão Pires (39,7%) e Rio Grande da Serra (39,2%) são aqueles em que a parcela dos benefícios da Previdência representa mais de um terço do total de 13º salário pagos naqueles municípios.

Os trabalhadores, aposentados e pensionistas no Grande ABC receberão neste final de ano 1,5% dos recursos de 13º salário pagos no Brasil, o que, na avaliação do Departamento, reforça o dinamismo da economia local, ainda que em meio a uma forte crise econômica em que foram eliminados inúmeros postos de trabalho.