Mães policiais driblam desafios por amor aos filhos e à profissão
Perita, policial militar e delegada contam como conciliam a maternidade com a carreira
- Data: 12/05/2024 13:05
- Alterado: 12/05/2024 13:05
- Autor: Redação
- Fonte: SSP
Crédito:Reprodução/SSP
Conciliar a maternidade com a carreira é um desafio para muitas e, quando essas mulheres atuam na polícia e precisam combater a criminalidade de frente, a situação as deixam ainda mais preocupadas com o futuro dos filhos. Apesar disso, o sonho realizado de ser mãe dá a elas ainda mais força e determinação para atuar em suas profissões.
A perita criminal Helena Oliveira é mãe atípica e, para ela, o mais complicado é conciliar os horários das terapias do filho, Thales, de 6 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro autista (TEA), com o trabalho. Mas com a ajuda do marido, também perito, e da equipe com quem trabalha, “a missão fica um pouco mais leve”.
“Sempre tive o sonho de ser mãe e o trabalho como perita me conquistou, eu me achei. Não é nada fácil conciliar as duas funções, ainda mais porque sou mãe atípica e atividades pequenas se tornam um grande evento, mas a gente continua por amor”, revelou.
A delegada Dayana Junqueira Brandão, afirma que se sente “realizada nos dois cenários” e que “um complementa o outro”. Com Antônio, de 2 anos, e grávida de 30 semanas da Marina, a policial diz que “existe uma Dayana antes e depois da maternidade”. “Hoje meu olhar é mais atento, acolhedor e humano”, pontua.
Já para a soldado Rauane Alves, que descobriu a gravidez dois dias após entrar para a Polícia Militar, o desafio é grande, mas nada a torna mais realizada do que conseguir fazer as duas coisas com êxito. “Confesso que inicialmente não estava preparada para as duas funções, mas fui me adaptando com o tempo. Todos os dias dou o meu melhor, tanto para o meu filho, quanto para a corporação”.
Filhos que se orgulham em ter mães policiais
Pietro, de 2 anos, filho da soldado Rauane, ainda é muito pequeno, mas faz questão de gritar para todos, assim que vê uma viatura, que a “mãe é issa [referência à polícia]”. “Dá para ver que, mesmo novinho, ele tem bastante orgulho”, disse a policial.
Rauane conta que a criação do filho é um desafio. Porém, ressalta que, justamente por estar na linha de frente em cenários desafiadores, vai sempre orientar o filho, além de repassar os princípios que aprendeu na corporação. O respeito é o principal deles.
Antônio, filho da delegada Dayana, ainda não entende muito bem a profissão da mãe, mas a policial afirma que o cria para que ele compreenda a importância do trabalho dela na vida da família.
Thales, filho da perita Helena, apesar de ter uma condição especial, sabe do quão significativo é o trabalho da mãe e se alegra sempre que vê uma viatura. Ele ainda não entende a profissão dela, mas sabe que a mãe é autoridade — e não só em casa.
“Sempre que ele vê a viatura quer ver as luzes, escutar o som e fingir que é policial”, brinca. Além disso, Thales gosta de se fantasiar como um agente da corporação, o que mostra, segundo a mãe, o orgulho que o filho tem da profissão dela.