Jair Bolsonaro reage a indiciamento da PF e critica STF
Risco de prisão e inelegibilidade ameaçam futuro político do ex-presidente enquanto.
- Data: 21/11/2024 23:11
- Alterado: 21/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Carolina Tavares/Presidência da República
Na quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou publicamente pela primeira vez após ser indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga a suposta trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Bolsonaro criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmando que ele conduz o inquérito de forma arbitrária e criativa, acusando-o de ajustar depoimentos e prender sem denúncia. O ex-presidente também mencionou que aguarda a análise de seu advogado sobre o relatório da PF, ressaltando que “a luta começa na Procuradoria-Geral da República”.
O indiciamento abrange 37 pessoas, incluindo figuras como o general Braga Netto, o presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto, e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem. A PF concluiu que Bolsonaro teve participação ativa na tentativa de golpe. A PGR ainda analisará os indícios para decidir se apresenta denúncia formal contra o ex-mandatário.
Em paralelo, seus filhos, Eduardo e Carlos Bolsonaro, reagiram nas redes sociais. Eduardo chamou de “narrativa furada” as alegações sobre terrorismo nos ataques de 8 de janeiro, enquanto Carlos denunciou perseguição política ao pai.
Se condenado pelos crimes ligados à trama golpista, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais 30 anos. Ele já havia sido declarado inelegível pelo TSE até 2030 por ataques ao sistema eleitoral.
A conclusão deste processo depende agora da decisão da PGR e, posteriormente, da Justiça quanto à aceitação da denúncia. O caso levanta questões sobre a integridade democrática do Brasil e destaca a importância do cumprimento rigoroso das leis em momentos críticos.