Jair Bolsonaro defende anistia a condenados pelos atos de 8 de Janeiro como questão humanitária

Hugo Motta apoia a ideia, mas enfrenta críticas da base de Lula.

  • Data: 08/02/2025 12:02
  • Alterado: 08/02/2025 12:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Jair Bolsonaro defende anistia a condenados pelos atos de 8 de Janeiro como questão humanitária

Crédito:Reprodução

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No último sábado (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou seus aliados em uma mensagem onde propôs a anistia para aqueles condenados pelos eventos de 8 de janeiro, caracterizando essa medida como uma questão humanitária. O ex-mandatário também expressou apoio ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia declarado na sexta-feira (7) que os incidentes não deveriam ser rotulados como uma tentativa de golpe de Estado.

“Que Deus continue iluminando o nosso presidente Hugo Motta, bem como pais e mães voltem a abraçar seus filhos brevemente. Essa anistia não é política, é humanitária”, afirmou Bolsonaro em sua mensagem.

Segundo uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados visa conceder anistia aos indivíduos envolvidos nos ataques, e está sendo analisado em conjunto com outras propostas que poderiam beneficiar diretamente Bolsonaro, que foi considerado inelegível por um período de oito anos pela Justiça Eleitoral.

Em entrevista a uma emissora da Paraíba, Motta descreveu os eventos do dia 8 de janeiro como uma “agressão inimaginável” às instituições, mas reafirmou sua posição de que esses atos não se qualificam como uma tentativa de golpe. “O que aconteceu não pode ser admitido que aconteça novamente. Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer”, destacou o presidente da Câmara.

Motta ainda enfatizou que um golpe requer liderança e apoio institucional. “Agora querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, declarou.

Contudo, essa posição gerou reações adversas entre os aliados do presidente Lula (PT), especialmente considerando que Motta havia evitado se comprometer publicamente com o projeto de lei da anistia antes de sua eleição para a presidência da Câmara no dia 1º deste mês, onde obteve 444 votos dentre os 513 deputados. O cuidado em suas declarações visava evitar conflitos com as duas maiores bancadas da Casa: PT e PL.

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  • Data: 08/02/2025 12:02
  • Alterado:08/02/2025 12:02
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