Jackeline Motta: a luta pela inclusão feminina no jiu jitsu brasileiro

Jackeline Motta tem mais de 30 medalhas em torneios e luta contra o machismo nos esportes de combate

  • Data: 11/02/2025 11:02
  • Alterado: 11/02/2025 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP
Jackeline Motta: a luta pela inclusão feminina no jiu jitsu brasileiro

Jackeline Motta

Crédito:Governo de SP

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Com cada conquista nos tatames, a atleta Jackeline Motta não apenas acumula medalhas, mas também derruba barreiras sociais. Reconhecida como uma das principais figuras do jiu jitsu brasileiro, Jacke tem se destacado na luta pela inclusão de mais mulheres no esporte. Beneficiária do Programa Talento Esportivo, ela atribui parte significativa de seu sucesso às oportunidades proporcionadas por esse apoio financeiro.

Em suas palavras, o Programa Talento Esportivo representa um ponto de virada em sua trajetória. “Esse programa me deu a segurança necessária para investir em uma alimentação adequada, acesso a fisioterapia e suporte psicológico, além de cobrir os custos das minhas viagens para competições. Graças a esse recurso, posso planejar meu cronograma de competições com mais eficiência,” explica.

A paixão de Jacke pelas artes marciais começou aos 11 anos, quando praticava capoeira em um projeto social. No entanto, foi aos 16 anos que ela se encantou pelo jiu jitsu e decidiu se dedicar à luta agarrada. “Depois de apenas um mês treinando, participei do meu primeiro campeonato. A adrenalina que senti me convenceu de que este seria meu caminho para a vida,” relembra.

Com mais de duas décadas de experiência no jiu jitsu, Jackeline presenciou o preconceito enfrentado pelas mulheres em um ambiente predominantemente masculino. Ciente da necessidade de mudança, ela tem trabalhado não apenas nos tatames, mas também fora deles, na luta contra o machismo e para incentivar outras mulheres a se unirem ao esporte. “Nos meus primeiros anos no jiu jitsu, era evidente o domínio masculino. As mulheres eram muitas vezes vistas de forma distorcida e enfrentavam muito machismo. Contudo, percebo que essa realidade está mudando gradualmente. Cada vez mais mulheres estão se interessando pelo esporte e a sociedade está começando a aceitar a presença feminina de maneira mais natural,” afirma.

Aos 38 anos e recém-coroada campeã no Campeonato Europeu em Lisboa, Portugal, Jackeline Motta assume o papel de referência na sua missão por maior inclusão feminina no jiu jitsu. “Entendo que posso servir como um exemplo para as novas gerações. Minhas inspirações sempre foram as mulheres que treinaram ao meu lado e que cresceram comigo no esporte. Quero demonstrar que acreditar em um sonho vale a pena e que nunca devemos desistir,” conclui.

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  • Data: 11/02/2025 11:02
  • Alterado:11/02/2025 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP









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