Itaú e ex-diretor financeiro em embate judicial por R$ 6 milhões

Na última semana, o banco Itaú se envolveu em uma polêmica após acusar seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel , de violar políticas internacionais e a legislação . A instituição alega que Broedel agiu em grave conflito de interesses ao aprovar pagamentos a um fornecedor de pareceres , com o quais teriam obrigações pessoais e financeiras .

Alexsandro Broedel , que trabalhou no Itaú por 12 anos antes de se transferir para o Santander na Espanha, é acusado de ter recebido recursos por meio de uma participação nos pagamentos feitos pelo banco às empresas Care Consultores e Evam Consultores , ligados ao contador Eliseu Martins e seus filhos . Segundo o Itaú, transferências significativas foram feitas ao ex-executivo e sua empresa, Broedel Consultores Associados .

O banco também questiona a entrega dos pareceres contratados . Dos 40 pareceres pagos, apenas 20 foram localizados , enquanto quatro foram pagos antecipadamente e não entregues . O Itaú busca ressarcimento pelos serviços não prestados , alegando um prejuízo total de mais de R$ 6 milhões .

Broedel nega as acusações e afirma que recorrerá à Justiça . Eliseu Martins também se defende , afirmando que mantém um histórico de serviços ao Itaú por quase cinco décadas e que os pagamentos antecipados são uma prática comum do banco .

Apesar da gravidade das acusações, o Itaú garante que não há impacto nas projeções financeiras do grupo . A Justiça paulista irá avaliar o caso , que também deve ser investigado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) . Além disso, o Banco Central foi informado sobre a situação .

Esse incidente ocorre na mesma semana em que outro executivo do Itaú foi demitido por uso indevido de cartão corporativo , embora os casos não estejam relacionados .