Itaú Cultural Play celebra o Dia do Quadrinho Nacional
Em 30 de janeiro, data da efeméride, a plataforma incorpora novas produções à coleção Quadrinhos, destinada à intersecção entre audiovisual e HQs
- Data: 21/01/2025 09:01
- Alterado: 21/01/2025 09:01
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural Play
Crédito:Divulgação
Em 30 de janeiro, Dia do Quadrinho Nacional, a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita de cinema brasileiro, celebra a efeméride com a coleção Quadrinhos, destinada à intersecção entre audiovisual e HQs e lançamentos. Ela terá dois curtas-metragens, um longa-metragem, entre animações e documentários, e cinco episódios da segunda temporada do Caminhos da HQ, série do IC que explora temas relacionados à cena deste segmento no país, como representatividade e produção independente. A coleção relembra e homenageia grandes nomes do quadrinho brasileiro, como Laerte Coutinho e Jayme Cortez (1926-1987), mestre do terror.
O acesso à Itaú Cultural Play é gratuito, disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast.
Uma estreia na plataforma, o curta-metragem O retrato do mal (2021), de Márcio Júnior e Márcia Deretti, é uma adaptação da HQ de mesmo nome de Jayme Cortez, um dos expoentes dos quadrinhos de terror no Brasil, lançada em versões nas décadas de 60 e 70. Trabalho de doutorado de Júnior, a animação conta a história de Gascon, um artista que dedicou toda a sua existência à procura da obra-prima do horror. O filme, que incorpora o traço de Cortez, foi exibido em festivais brasileiros e internacionais de cinema, animação e terror.
Outros lançamentos são cinco episódios da série Caminhos da HQ, com entrevistas de quadrinistas e editores brasileiros sobre diferentes temas, realizada pelo Itaú Cultural. No episódio Produção Independente, os artistas Marcelo D’Salete, Klebs Junior, Marcatti, Carol Rossetti e Daniel Esteves, entre outros, falam sobre a cena do HQ e suas transformações ao longo dos anos, com a popularização dos meios de publicação autônomos.
Mulheres e HQ, como o próprio título sugere, traz depoimentos de cartunistas sobre a importância da representação feminina nas histórias e nos bastidores dos HQs. Participam do episódio Germana Viana, Carol Rossetti, Ana Recalde e Cris Eiko.
Com presença dos editores e jornalistas João Varella (editora Lote 42), Sidney Gusman (Mauricio de Sousa Produções) e Ramon Vitral (Série Postal), e dos quadrinistas Laudo Ferreira, Bianca Pinheiro e Mario Cau, o episódio sobre Edição aborda vários aspectos do ofício, desde o posicionamento de balões de fala à importância do diálogo entre cartunista e editor. Há também espaço para refletir sobre a relação com o público, tema de episódio que entrevista Laura Athayde, Fernanda Nia, LoveLove6, Lino Arruda, entre outros.
LoveLove6, autora de Sheiloca, HQ que explora pautas femininas, e Lino Arruda, ativista trans e autor de Monstrans: experimentando horrormônios, selecionado pelo edital Rumos Itaú Cultural 2017-2018, também aparecem no episódio dedicado a representatividade. Junto a Sirlene Barbosa, professora e coautora de Carolina, biografia em quadrinhos da escritora negra Carolina Maria de Jesus (1914-1977), eles falam sobre a representatividade presente em suas obras e trajetórias. O vídeo traz ainda falas de Sidney Gusman sobre a repercussão da graphic novel sobre racismo Jeremias – Pele, da MSP.
Já disponível na IC Play, o curta-metragem A guerra dos gibis (2012), dirigido por Rafael Terpins e Thiago B. Mendonça, mistura animação e documentário. O filme retrata a produção efervescente de quadrinhos eróticos, de crime e de terror que surgiu no Brasil na década de 60, desafiando a censura do regime militar. Na tela, os relatos de artistas e editores da época se misturam a animações de seus próprios personagens. O filmeé fruto de uma extensa pesquisa do jornalista Gonçalo Júnior e conquistou vários prêmios, como o de melhor documentário no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e melhor curta documental no Festival de Brasília.
Comédia nonsense e ousada do cineasta gaúcho Otto Guerra, A cidade dos piratas (2018) é o longa-metragem de destaque. Inspirada na obra de Laerte Coutinho, em especial na série Piratas do Tietê, a animação intercala histórias fictícias e reais, como a transição de gênero da amiga e a própria realização do filme, durante a qual Guerra descobriu um câncer. No ano de estreia, a produção recebeu Menção Honrosa no 46º Festival de Cinema de Gramado e prêmios de melhor direção e melhor roteiro no 25º Festival de Cinema de Vitória, no Espírito Santo.
SERVIÇO
Celebração do Dia do Quadrinho Nacional na Itaú Cultural Play
Novos filmes na coleção Quadrinhos
A partir de 30 de janeiro