Instituto de Zootecnia cede espaço para Aequotam expandir equoterapia em SP
Nova Odessa avança na reabilitação com equoterapia: Instituto de Zootecnia cede espaço à Aequotam para impulsionar saúde mental e física de pessoas com necessidades especiais
- Data: 29/11/2024 16:11
- Alterado: 29/11/2024 16:11
- Autor: Redação
- Fonte: Agência SP
Área em Nova Odessa será dedicada à equoterapia
Crédito:Divulgação/Governo de São Paulo
O Instituto de Zootecnia, localizado em Nova Odessa, destinou uma área de 20 mil metros quadrados para a Associação de Assistência e Equoterapia de Americana (Aequotam). Este espaço será cedido sem custo e por período indefinido, conforme estabelecido em um termo firmado nesta terça-feira (26) pelo secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.
O acordo assinado permite ainda que a Aequotam utilize as estruturas já existentes no local, incluindo um laboratório reformado que agora abriga cocheiras e duas residências que serão adaptadas para uso administrativo.
A equoterapia é uma técnica terapêutica que utiliza cavalos para estimular o desenvolvimento físico e mental dos pacientes, sendo particularmente eficaz no tratamento de deficiências físicas e necessidades especiais, como síndrome de Down, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou autismo.
Daniela Cristina de Rizzo Bordignon, presidente da Aequotam, destacou a relevância da equoterapia na reabilitação de indivíduos com deficiências mentais ou físicas. Cada sessão tem duração aproximada de 30 minutos, durante os quais a criança experimenta cerca de 1.500 ajustes tônicos, promovendo melhorias nas funções motoras e cognitivas.
A fisioterapeuta explica que o movimento do cavalo é semelhante ao do ser humano, proporcionando às crianças uma sensação de conforto comparável à experiência intrauterina. “Ao final da terapia, geralmente oferecemos uma cenoura ao cavalo. O som da mastigação do animal remete à experiência da mastigação materna percebida pelo feto”, acrescenta.
Maria Rochel compartilha os progressos observados em seu filho Cláudio Rochel Junior, de 25 anos, diagnosticado com autismo e dificuldades motoras. “Ele progrediu bastante. Antes da equoterapia, não caminhava sozinho; agora consegue subir rampas e degraus com mais facilidade. O tremor nas mãos também melhorou consideravelmente”, relata Maria, acompanhada do esposo. Ela ressalta o benefício emocional do contato com o cavalo para o filho, afirmando que, dentre as diversas terapias que realiza durante a semana, a equoterapia é sua favorita.
Para o secretário Guilherme Piai, a iniciativa deve servir como modelo para outras localidades, impulsionando a saúde mental infantil. “A saúde mental é um tema crucial atualmente e a interação com animais pode significativamente melhorar a qualidade de vida dessas crianças”, afirma.
Enilson Ribeiro, diretor-geral do Instituto de Zootecnia, vê o projeto como o início de um empreendimento maior. “Nosso objetivo é expandir o uso terapêutico para incluir outras espécies além dos cavalos, contribuindo ainda mais para a qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais ou transtornos mentais”, declara.
A cerimônia de assinatura contou também com a presença de Alessandro Miranda, vice-prefeito representando o prefeito Claudio Schooder; Antonio Alves Teixeira, vereador municipal; Kiko Danieletto, representante do deputado estadual Itamar Borges; e membros da Aequotam como Maria Carolina De Nadai, Gabriel Suarez Santos, Amadeo Carvalho e Láisa De Rizzo Bordignon. Éris Camilo Bordignon também esteve presente como coordenador administrativo-operacional da associação.