Inflação de 2025 sobe pela 17ª semana seguida

Relatório Focus aponta projeção de 5,58% para o IPCA no próximo ano, enquanto Banco Central mantém política de juros elevados para conter alta de preços

  • Data: 10/02/2025 11:02
  • Alterado: 10/02/2025 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Banco Central
Inflação de 2025 sobe pela 17ª semana seguida

Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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A última atualização do relatório Focus, publicado pelo Banco Central, revelou que a expectativa para a inflação medida pelo IPCA em 2025 sofreu um aumento pela 17ª semana consecutiva, passando de 5,51% para 5,58%. Essa taxa está 1,08 ponto percentual acima do teto da meta estabelecida, que é de 4,50%. Há um mês, a projeção era de 5,00%.

O Banco Central indicou que, se as previsões atuais se concretizarem, a inflação acumulada nos próximos doze meses ficará acima do limite superior da meta por seis meses seguidos. Para 2026, a mediana das expectativas também apresentou um crescimento, subindo de 4,28% para 4,30%, em comparação aos 4,05% registrados um mês atrás.

Política monetária e impacto na economia

Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual, elevando-a de 12,25% para 13,25%. O comitê destacou que essa medida está alinhada à estratégia de convergência da inflação em direção à meta ao longo do horizonte relevante. Além disso, há uma sinalização de que os juros poderão ser elevados novamente em mais 1 ponto percentual na próxima reunião prevista para março.

O horizonte relevante para o Banco Central está fixado no terceiro trimestre de 2026, período em que se espera uma inflação em torno de 4%. A previsão para o IPCA em 2025 está ajustada para 5,2%, embora o balanço de riscos permaneça assimétrico e direcionado para cima.

A mediana das expectativas para a inflação de 2027 se manteve inalterada em 3,90%, enquanto a projeção para o IPCA em 2028 subiu de 3,74% para 3,78%, marcando o quinto aumento consecutivo e comparado aos 3,56% registrados há um mês.

No que tange à Selic no final de 2025, a expectativa continua estável em 15%, mantendo-se nesse patamar por cinco semanas. Para o final de 2026, a mediana permanece em 12,50%, com um ajuste em relação aos 12% projetados anteriormente. Já a estimativa intermediária para o fim de 2027 aumentou ligeiramente de 10,38% para 10,50%, enquanto a expectativa para o fechamento de 2028 se manteve em 10% por sete semanas.

A ata da reunião do Copom ressalta que a elevação dos juros visa garantir a convergência da inflação próxima à meta estabelecida.

Crescimento do PIB e projeções cambiais

Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das previsões para 2025 caiu ligeiramente de 2,06% para 2,03%, enquanto um mês antes era projetado em 2,02%. Para o ano seguinte (2026), a estimativa passou de 1,72% para 1,70%. A mediana relativa ao crescimento do PIB para 2027 ficou estável em 1,96%, comparada aos anteriores dois meses com taxas superiores. Para o ano de 2028, a previsão se mantém inalterada em 2%, um dado que já perdura há quase um ano.

O Banco Central prevê um crescimento econômico brasileiro de aproximadamente 3,50% para o ano de 2024 e uma taxa estimada de crescimento de 2,10% para este ano.

No campo cambial, as medianas das expectativas para a cotação do dólar no fim dos anos de 2025 e 2026 se mantiveram constantes em R$6,00. Para o final de 2027, permanece na faixa dos R$5,93. A projeção intermediária para o fim de 2028 variou levemente de R$6,00 para R$5,99.

Vale ressaltar que as projeções cambiais publicadas no Focus são calculadas com base na média da taxa no mês de dezembro e não mais considerando o último dia útil do ano como anteriormente utilizado até o ano de 2020. Tal mudança visa proporcionar maior precisão nas previsões cambiais realizadas pelo mercado financeiro.

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  • Data: 10/02/2025 11:02
  • Alterado:10/02/2025 11:02
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