Incêndio atinge parque ecológico em área urbana do Distrito Federal
Um incêndio atingiu o Parque Ecológico de Águas Claras, na região administrativa de mesmo nome, a cerca de 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, em Brasília
- Data: 13/09/2019 15:09
- Alterado: 13/09/2019 15:09
- Autor: Redação
- Fonte: ag
Crédito:Divulgação/CBMDF
Assustados com as chamas, moradores de prédios próximos ao local acionaram o Corpo de Bombeiros por volta das 11h de hoje (12). O Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram-Brasília Ambiental) informou, há pouco, que o incêndio já está sendo controlado.
Há mais de 100 dias sem chuvas, o Distrito Federal registra altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, condições que facilitam que o fogo se espalhe rapidamente.
Ao menos 12 bombeiros e duas viaturas foram mobilizados para apagar as chamas no parque de 95 hectares criado em 2000 para proteger parte da flora e fauna nativas, áreas de nascente e recargas de aquíferos, como o córrego de Águas Claras, que nasce na região e abastece o Lago Paranoá.
Segundo o Brasília Ambiental, “existem suspeitas que o incêndio foi iniciado após rituais religiosos”. Em nota, o órgão informa que solicitou perícia técnica para fazer a apuração.
Até as 13h, o Corpo de Bombeiros recebeu ao menos 45 chamados relacionados a incêndios em vegetação em todo o Distrito Federal. Segundo o tenente Marcelo de Abreu, do Serviço Operacional de Informação Pública (Soinp), a ocorrência mais significante é a registrada no Parque Ecológico Águas Claras, não necessariamente por suas dimensões, mas porque a unidade de conservação fica em uma área urbana, densamente habitada. Segundo a Administração Regional de Águas Claras, em 2016 havia cerca de 148 mil pessoas morando na região.
Fiscalização
O Brasília Ambiental divulgou nota informando que, devido às condições climáticas, está intensificando a fiscalização nas unidades de conservação e áreas próximas para conscientizar a população sobre os riscos de incêndios. Auditores fiscais estão utilizando drones para detectar eventuais irregularidades que podem ser punidas com advertência e multa.
“Nesse período de estiagem é preciso que a população redobre a atenção, pois além dos danos irreparáveis à fauna e à flora, os incêndios florestais prejudicam a saúde de todos. Após iniciado, o fogo se torna imprevisível e pode se alastrar facilmente”, explica o superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento do instituto, Humberto Valli.
O instituto também lembra que é crime atear fogo em lixo, entulhos ou podas de vegetação. A não observância pode ser punida com pena de reclusão de dois a quatro anos ou multas que podem chegar a R$ 100 mil por hectare ou fração, caso atinja unidades de conservação, parques e outras áreas ambientalmente sensíveis.