Haddad: “Economia vai crescer mais de 3% em 2024”

Em conversa com radialistas de várias regiões, ministro destaca ações e desafios ao crescimento sustentável, exalta investimentos em vários setores e o momento de ampla geração de emprego e reforça compromisso com o controle da inflação

  • Data: 12/09/2024 14:09
  • Alterado: 12/09/2024 14:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal
Haddad: “Economia vai crescer mais de 3% em 2024”

Crédito:Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está otimista com a economia brasileira. Durante participação no “Bom dia, Ministro” desta quinta-feira, 12 de setembro, ele sustentou que em 2024 o país deve crescer mais de 3%, ao contrário das expectativas originais de muitos dos analistas. “A economia vai crescer mais de 3% este ano e a geração de emprego vai ser recorde, mas não podemos nos acomodar. Precisamos perseguir os objetivos para que o país volte a ter finanças robustas”.

Em 2024, alguns dos setores mais importantes anunciaram em eventos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva investimentos que superam os R$ 580 bilhões para os próximos anos. O de tecnologia da informação e comunicação, por exemplo, prevê R$ 85,7 bilhões. O automotivo, R$ 130 bilhões. O de alimentos, R$ 120 bilhões. O de aço, R$ 100 bilhões. O de papel e celulose, R$ 105 bilhões e o de saúde, R$ 39,5 bilhões.

Haddad relembrou que as projeções para o PIB em 2023 previam crescimento de 0,8% e o país cresceu 2,9%. Para 2024, a previsão era de 1,5%, mas os movimentos todos já indicam algo em torno de 3%. “Ainda há muito o que fazer, mas é possível entrarmos num ciclo sustentável de crescimento”, afirmou.

Durante uma hora de conversa com emissoras de rádio de várias regiões do país, o ministro exaltou a criação de mais de 1,5 milhão de empregos formais nos primeiros sete meses de 2024 e o fato de o país, que já é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, estar se tornando o maior exportador de produtos alimentícios industrializados.

Segundo Haddad, as iniciativas para renegociações de dívidas de pessoas físicas e de empresas, a aprovação da Reforma Tributária, o novo Arcabouço Fiscal, o programa Acredita, a aprovação da reoneração de setores produtivos e o processo de equacionamento das contas públicas criam um colchão que permite maior confiabilidade e acesso ao crédito no Brasil.

“O financiamento de veículos e de motos está subindo 12%, 14%. O crédito está subindo 10,5%, segundo dados da Febraban. Por que isso está acontecendo? Porque estamos atuando. O Desenrola foi importante. A revisão do Pronampe é importante. Já aprovaram o projeto de lei do Acredita, que está no Senado, e é um projeto importante de destravamento do crédito no Brasil”, disse.

IMPOSTO DE RENDA – Sobre a faixa de isenção do Imposto de Renda, Haddad declarou que uma série de cenários foram apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a isenção chegue aos R$ 5 mil até o fim do mandato, em 2026, conforme compromisso do presidente na campanha eleitoral. Ele ressaltou que o Governo promoveu ajustes que já permitem a isenção para quem ganha até R$ 3 mil por mês. “Nós temos um tempo relativamente longo para aprovar a medida e todos os cenários preveem essa possibilidade de cumprimento. Eu não posso antecipar porque precisa ser validado antes, mas já está no âmbito do Palácio do Planalto”, afirmou.

SUPER RICOS – Já em relação à taxação de super ricos, o ministro disse que o Brasil liderou uma proposta no âmbito do G20 para que esse tipo de tributação seja cobrado internacionalmente. Haddad explicou que já houve tentativas nesse quesito, mas que não deram o resultado esperado por serem em nível local. “Nós levamos a proposta ao âmbito do G20 para que esse imposto sobre riqueza seja um tributo cobrado internacionalmente. Não importa onde a pessoa esteja residindo, se ela tem bilhões de dólares, tem que ser tributada”, disse. Haddad espera que a proposta no G20 seja avaliada e na Cúpula em novembro, no Rio de Janeiro. 

INFLAÇÃO – Outra prioridade do ministro Fernando Haddad durante a entrevista foi exaltar o controle da inflação. O ministro mencionou a deflação de 0,02% registrada no mês de agosto, divulgada na última terça-feira pelo IBGE. “Você tem toda a legitimidade de comemorar. O PIB está crescendo, o desemprego está baixo, a inflação está baixa, está sob controle. Controlar a inflação sem comprometer o crescimento é uma parte do sucesso da economia”, declarou o titular da Fazenda, que também destaca investimentos em diversos setores.  “A economia depende realmente de produtividade, de investimentos em setores estratégicos, de segurança energética, de segurança alimentar, de recuperação de pastagens, de transformação ecológica, de regulação de setores. É um negócio amplo, envolve mercado de crédito, de capitais, e estamos fazendo uma série de reformas em todas essas áreas para que cada ajuste no parafuso melhore a máquina”, pontuou.

QUEM PARTICIPOU – O programa “Bom dia, Ministro” é realizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em parceria com a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Participaram desta edição a Rádio Nacional de Brasília (EBC); Rádio CBN (Brasília/DF); Rádio Metrópole FM (Salvador/BA); Rádio Gaúcha (Porto Alegre/RS); Rádio Bandnews FM (São Paulo/SP); Rádio Jornal (Recife/PE); Rádio Sagres (Goiânia/GO); Rádio Alvorada FM (Belo Horizonte/MG); e Rádio Cultura FM (Belém/PA).

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  • Data: 12/09/2024 02:09
  • Alterado:12/09/2024 14:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal









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