Grupo de empresas doará 3,4 milhões de medicamentos de intubação a SUS
Um grupo de empresas formado por Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen vai doar ao Ministério da Saúde 3,4 milhões de medicamentos para intubação de pacientes
- Data: 08/04/2021 18:04
- Alterado: 08/04/2021 18:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Grupo de empresas formado por Petrobras
Crédito:Reprodução
A ação é uma resposta ao recrudescimento da pandemia da covid-19 no País e à escassez de insumos para o atendimento de doentes em UTIs.
O pool de empresas já deu início aos trâmites para importar da China sedativos, neuro bloqueadores musculares e analgésicos opióides, necessários para realizar a intubação. A chegada do primeiro lote está prevista para a próxima semana, a partir do dia 15 de abril.
Os itens são certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da agência chinesa, e serão integralmente doados ao governo federal, que cuidará também da distribuição pelos Estados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), informa o grupo.
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse em nota que diante do agravamento da pandemia é urgente uma nova mobilização das empresas. “É importante destacar que essa ação só tem essa força porque conta com a adesão de empresas de diversos setores. O momento pede união e esperamos contribuir para o sistema de saúde em todo território brasileiro”, afirma. A mineradora deu início à ação há duas semanas.
“A Petrobras permanece empenhada em ajudar a sociedade brasileira contra os efeitos devastadores da pandemia. Acreditamos ser fundamental unir esforços para salvar vidas, não podemos ficar inertes diante do sofrimento imposto pela Covid-19”, diz Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, na nota conjunta das companhias.
A importância da ajuda do setor privado foi destacada por nomes como Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco, Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, e o CEO da Engie Brasil, Mauricio Bähr. “Mais do que um ato de solidariedade, vemos a mobilização do setor privado como um importante compromisso das empresas com o País”, destacou Maluhy Filho, que descreveu o momento como “muito crítico”.
A piora diária nos números de morte e contágio pela covid-19 no Brasil tem alarmado o setor privado, que intensifica sua mobilização. Na quarta à noite, em São Paulo, empresários, ministros e o presidente Jair Bolsonaro se reuniram para discutir a vacinação no País.
Segundo relatos, os pesos-pesados do PIB presentes ao evento cobraram mais celeridade no processo de imunização.Outro tema à mesa foi a cobrança por disciplina fiscal, com respostas também satisfatórias aos interlocutores.