Greve na Praia do Porto da Barra: Banhistas Celebram Beleza Sem Barracas em Salvador
Greve de barraqueiros na Praia do Porto da Barra revela apoio dos banhistas à beleza natural, desafiando a regulamentação da Prefeitura de Salvador.
- Data: 29/01/2025 21:01
- Alterado: 03/03/2025 17:03
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Uma greve convocada por ambulantes e barraqueiros na Praia do Porto da Barra, em Salvador, resultou em um efeito inesperado: os banhistas, ao invés de lamentar a falta de serviços, passaram a expressar apreço pela beleza da praia sem a presença de barracas, mesas e cadeiras.
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— odara (@raicerqueira) January 28, 2025
Contexto do Protesto
A mobilização teve início em resposta a uma nova regulamentação implementada pela Prefeitura de Salvador. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) estabeleceu que os ambulantes devem montar seus equipamentos, compostos por três cadeiras, uma barraca e uma mesa, somente mediante solicitação. Além disso, a norma limita a montagem a apenas dez kits por permissionário na faixa de areia.
A ação foi motivada por reclamações de frequentadores da praia. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostrava um banhista se queixando da dificuldade em encontrar espaço para estender sua canga na areia, além de criticar a necessidade de pagar por um lugar. Ele descreveu a situação como uma “privatização” do espaço público, classificando-a de “vergonha”.
As redes sociais foram inundadas por comentários positivos sobre a nova configuração da praia. “A praia ficou simplesmente perfeita”, comentou um usuário. Outro internauta disse: “A Praia do Porto da Barra estava insustentável com esses barraqueiros que se achavam donos da praia. Por mim, tiraria tudo”.
Reação dos Barraqueiros
Os barraqueiros reagiram ao protesto organizando uma manifestação em frente à praia. Eles argumentam que o limite imposto pela Semop é insuficiente para sustentar suas atividades. Em entrevista à TV Bahia, um dos representantes dos barraqueiros declarou que costumava montar até 80 cadeiras na areia, número que excede consideravelmente o permitido pela nova regulamentação. “Com apenas 30 cadeiras não temos como arcar com os custos que enfrentamos aqui”, afirmou.
A Semop emitiu uma nota esclarecendo que as normas estavam sendo descumpridas pelos barraqueiros e ressaltou que as novas regras têm como objetivo promover uma convivência equilibrada entre comerciantes, frequentadores e a comunidade local. A secretaria enfatizou ainda a importância do uso ordenado da orla para todos os usuários.
Os ambulantes foram convocados a regularizar seus cadastros junto à Prefeitura no prazo de 15 dias. Uma nova reunião está prevista para ocorrer após o Carnaval, com o intuito de discutir as demandas apresentadas pelos barraqueiros.

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