Greve de auditores fiscais trava comércio exterior e ameaça empresas

Paralisação iniciada em novembro causa acúmulo de encomendas nos aeroportos e prejuízos bilionários, impactando especialmente pequenas e médias empresas que dependem de fluxo de caixa

  • Data: 03/02/2025 11:02
  • Alterado: 03/02/2025 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: CIESP
Greve de auditores fiscais trava comércio exterior e ameaça empresas

Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada em novembro de 2024, tem provocado um verdadeiro colapso no desembaraço aduaneiro, resultando no acúmulo de dezenas de milhares de encomendas nos principais terminais de cargas do país. Os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, estão entre os mais afetados, além de outras unidades espalhadas pelo Brasil.

O impasse entre os auditores e o governo tem gerado prejuízos bilionários ao comércio exterior, situação que já foi observada em paralisações semelhantes no passado. Sem perspectiva de um acordo imediato, empresários e trabalhadores alertam para os danos crescentes na economia nacional.

Impactos na indústria e risco de desemprego

A paralisação prolongada não afeta apenas grandes corporações, mas atinge diretamente as pequenas e médias empresas, que dependem de fluxo de caixa ajustado à entrega e recebimento das mercadorias. Setores que lidam com produtos perecíveis enfrentam o risco de deterioração de cargas, enquanto indústrias que necessitam de insumos importados podem sofrer com interrupções na produção e possível quebra de empresas, agravando o cenário de desemprego.

Em nota, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) manifestou preocupação com a situação e cobrou uma solução urgente. “As forças produtivas, empresários e trabalhadores, a sociedade e a economia do país não podem continuar sendo vítimas dessa falta de diálogo e compreensão entre as partes envolvidas”, destacou a entidade.

Enquanto o impasse persiste, o comércio exterior segue travado, e os setores produtivos aguardam uma negociação que evite um impacto ainda maior na economia brasileira.

Confira a nota do CIESP na íntegra:

Dezenas de milhares de encomendas estão paradas, desde novembro do ano passado (2024), abarrotando em especial os terminais de cargas dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos em São Paulo, bem como os demais do Brasil. Estimativas apontam possíveis prejuízos de bilhões de reais ao comércio exterior do País, como em episódios semelhantes no passado.

O motivo é a greve dos auditores fiscais da Receita Federal que entrava as operações de desembaraço aduaneiro.

Dentre os problemas que a paralização dessa categoria dos funcionários públicos federais está causando, além dos efetivos prejuízos à indústria, estão a deterioração de produtos e o risco de quebra e desemprego nas empresas. As mais afetadas são as pequenas e médias que, por seu porte, dependem de fluxo de caixa dentro da pontualidade de entrega e recebimento das mercadorias.

O embate entre os auditores e o governo, que se prolonga sem perspectivas de solução imediata, está afetando sensivelmente a economia brasileira. Esperamos que os dois lados busquem entendimento o quanto antes. As forças produtivas, empresários e trabalhadores, a sociedade e a economia do País não podem continuar sendo vítimas dessa falta de diálogo e compreensão entre as partes envolvidas.

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo

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  • Data: 03/02/2025 11:02
  • Alterado:03/02/2025 11:02
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