Grampo mostra acerto de propina em Goiás envolvendo o PSDB
A PF afirma que interceptações telefônicas da Operação Decantação, deflagrada na quarta-feira, 24, revelam o ajuste de propina em Goiás
- Data: 26/08/2016 09:08
- Alterado: 16/08/2023 20:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Afrêni Gonçalves
Crédito:Reprodução/Revista Forum
O acerto de propina de R$ 6 milhões foi feito entre o presidente da Empresa Saneamento de Goiás (Saneago), José Taveira Rocha, e o diretor de Gestão da Saneago, Robson Salazar.
A suspeita é de que o esquema tenha abastecido campanhas políticas do PSDB no Estado.
Em diálogo de 18 de dezembro de 2015, Rocha e Salazar citam o “governador”. Para os investigadores, trata-se de uma referência ao governador Marconi Perillo (PSDB), que está em seu quarto mandato. A PF apura se a campanha do tucano foi beneficiada com recursos desviados da Saneago.
“Um bobo não vira governador quatro vezes nunca, né”, diz Rocha em trecho do diálogo. Os investigadores afirmam que, na conversa o presidente e o diretor da Saneago “tratam da elaboração e execução de operações ilícitas e porcentagem de valores, possivelmente de propinas, da ordem de R$ 6 milhões e correspondente a 3% do valor do contrato negociado”.
Em nota enviada na quarta-feira, o governo de Goiás afirmou acreditar na idoneidade dos dirigentes da Saneago, empresa de saneamento do Estado, disse apoiar as investigações e informou que “está inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.