Governo Peruano declara emergência ambiental após derramamento de Petróleo
Derramamento de petróleo afeta praias e pescadores, causando caos em Lobitos.
- Data: 27/12/2024 09:12
- Alterado: 27/12/2024 09:12
- Autor: Redação
- Fonte: Terra
Imagem Ilustrativa
Crédito:Reprodução
Na última quinta-feira, o governo do Peru anunciou a declaração de uma emergência ambiental em uma região costeira do norte do país, em decorrência de um incidente que resultou no derramamento de petróleo promovido pela empresa estatal Petroperu. O evento ocorreu no último fim de semana, quando um navio que realizava manobras de pré-embarque causou a liberação de petróleo nas águas do Oceano Pacífico, especificamente em um terminal da refinaria de Talara.
A Petroperu ainda não divulgou a quantidade exata de petróleo que foi derramada, mas informações preliminares fornecidas pelo órgão ambiental peruano, OEFA, indicam que a contaminação atingiu uma área aproximada de 10.000 metros quadrados. O Ministério do Meio Ambiente confirmou que pelo menos sete praias e a fauna local foram impactadas pelo incidente.
Em resposta à gravidade da situação, o Ministério do Meio Ambiente decretou uma emergência com duração de 90 dias. O objetivo é assegurar a gestão sustentável da área afetada e implementar ações de recuperação e remediação para reduzir os impactos ambientais causados pelo derrame.
A Petroperu afirmou que desde o momento em que ocorreu o acidente, equipes de limpeza foram mobilizadas e estão em cooperação com o sindicato dos pescadores e as autoridades locais, buscando minimizar os danos às atividades econômicas e turísticas da região.
Segundo comunicado da empresa, brigadas de limpeza, juntamente com barcos e drones, foram posicionados na área atingida para realizar monitoramento contínuo e garantir a identificação precoce de novas ocorrências.
No entanto, as consequências do derramamento têm sido severas para a comunidade local. Autoridades relataram danos significativos à vegetação e à vida marinha da costa. Pescadores expressaram preocupação com a interrupção das suas atividades devido ao incidente. “Estamos impossibilitados de trabalhar há seis dias”, declarou Martin Pasos, um pescador local, à rádio RPP. “É uma situação caótica em Lobitos. Até o momento, não recebemos nenhuma resposta da companhia petrolífera.”