Governo listou 142 cidades do RS com risco de desastres em boletim de 2023
As informações foram publicadas em uma nota técnica da Casa Civil
- Data: 09/05/2024 12:05
- Alterado: 09/05/2024 12:05
- Autor: Redação
- Fonte: UOL/FOLHAPRESS
Rio Grande do Sul
Crédito:Ricardo Stuckert/ Presidência da República/Agência Brasil
O governo federal elencou 142 cidades do Rio Grande do Sul em uma lista de municípios mais suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e inundações. Os dados foram levantados antes das chuvas que deixaram ao menos 107 mortos no estado.
Levantamento foi feito em 2023 para priorizar ações da União nas áreas mais vulneráveis do país. As informações foram publicadas em uma nota técnica da Casa Civil. Os dados atualizaram números de 2012 e classificaram 1.942 municípios do país em risco.
Número de cidades do Rio Grande do Sul na lista em 2023 foi quase cinco vezes maior do que em 2012. No levantamento anterior, 31 cidades foram elencadas.
Algumas das cidades mais afetadas pelas enchentes desta semana, como Eldorado do Sul, Cruzeiro do Sul e Canoas, estão na lista. Nos dois municípios, a nota técnica do governo aponta risco de inundação.
Para Canoas, também há risco de enxurrada.
Critérios para inclusão na lista. Entraram na lista as cidades que tiveram mortes relacionadas a desastres entre 1991 e 2002; com 900 ou mais pessoas desalojadas; pelo menos 500 em áreas de risco e mais de 400 dias com chuvas acima de 50 milímetros entre 1981 e 2022.
RIO GRANDE DO SUL TEM MAIS DE 100 MORTOS
Além dos 107 óbitos, uma morte que pode estar relacionada às chuvas é investigada no estado. Há 374 feridos e 136 pessoas consideradas desaparecidas.
Quase 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas em 425 municípios no estado, informou a Defesa Civil. 164.583 estão desalojadas e 67.542 estão acolhidas em abrigos.
Defesa Civil pede que moradores resgatados ainda não voltem para suas casas inundadas. O alerta vale principalmente para quem mora na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o órgão, esses locais atingidos ainda seguem sob alto risco e estão sujeitos a movimentos de massa e transmissão de doenças.