Furacão Milton é rebaixado para categoria 4, mas continua ‘extremamente perigoso’

O enfraquecimento era esperado e não muda o prognóstico de especialistas, para os quais o evento meteorológico tem um potencial destrutivo

  • Data: 09/10/2024 12:10
  • Alterado: 09/10/2024 12:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: UOL/Folhapress
Furacão Milton é rebaixado para categoria 4, mas continua ‘extremamente perigoso’

Furação Milton quando chegar a Florida pode ser o mais forte em 100 anos

Crédito:Mapa: tropicaltidbits.com/Via Fotos Públicas

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O furacão Milton, que pode ser o mais forte no golfo do México desde o Katrina, em 2005, foi rebaixado para a categoria 4 na manhã desta quarta-feira (9), quando se aproxima do sudeste dos Estados Unidos.

Embora o local e horário exato da aterrissagem sejam incertos, é provável que haja chuvas intensas, erosão e enchentes. De acordo com o jornal americano The New York Times, meteorologistas dizem que o Milton ainda será “um furacão extremamente perigoso e grande”.

A previsão é que o furacão toque a costa do Golfo na noite desta quarta ou manhã desta quinta (10) e leve à região de 127 a 250 milímetros de chuva – número maior do que a média para todo o mês no local. Segundo o National Hurricane Center, o nível da água em alguns locais da costa oeste da Flórida pode passar de quatro metros.

De acordo com a meteorologista da CBS News, Nikki Nolan, a avaliação mais atualizada indica que o furacão deve tocar a terra em Sarasota, na Flórida – antes, estava previsto que ele atingisse primeiro a área de Tampa, centro urbano densamente povoado na costa oeste da península da Flórida que não é afetado diretamente por um furacão há mais de um século.

A perspectiva provocou uma das maiores ordens de retirada na história da Flórida após milhões de pessoas receberem a orientação de deixar suas casas. De acordo com o jornal americano The New York Times, quem tentou fugir nos últimos dois dias se deparou com um intenso congestionamento nas estradas, que estavam com os acostamentos abertos justamente para evitar esse cenário.

O furacão ainda obrigou ao menos nove aeroportos da Flórida, um dos destinos de viagem mais populares do mundo, a fecharem. “Esta é uma situação extremamente ameaçadora à vida”, disse o Visit Florida, a organização oficial de turismo do estado, ao aconselhar moradores e visitantes a “seguir os conselhos dados pelas autoridades locais e evacuar imediatamente se forem instruídos a fazê-lo”.

Parques de diversões, uma das principais atrações da região, também anunciaram a suspensão de suas atividades, incluindo o mais famoso deles, o Walt Disney World. “Com base na projeção mais recente, estamos fazendo ajustes operacionais adicionais para a segurança de nossos hóspedes e membros do elenco”, afirmou a empresa ao informar que parte de seus serviços ficarão fechados pelo menos até quinta.

Os alertas ocorrem no momento em que a população ainda não se recuperou completamente do Helene, outro furacão que impactou a região há pouco mais de uma semana e deixou dezenas de mortos e milhões sem energia.

O potencial destrutivo do Milton, aliás, é exacerbado pelo fato de que o Helene removeu barreiras de areia e vegetação que poderiam desacelerar o furacão. Além disso, o Milton pode transformar destroços que ainda não foram removidos em projéteis, causando ainda mais danos.

Milhões de pessoas têm sido impactadas por fenômenos meteorológicos extremos e por ondas de calor prolongadas em todo o mundo nas últimas semanas. O IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática) já afirmou que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças é causada pela ação humana.

Dados da Organização Meteorológica Mundial, agência da ONU (Organização das Nações Unidas)para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos como secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência das mudanças climáticas

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  • Data: 09/10/2024 12:10
  • Alterado:09/10/2024 12:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: UOL/Folhapress









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