Fintechs brasileiras receberam U$$ 3,7 bi de investimentos em 2021
Investidores anjo da Harvard Angels do Brasil analisam tendências e expectativas para o mercado
- Data: 06/04/2022 14:04
- Alterado: 06/04/2022 14:04
- Autor: Redação
- Fonte: HBSAAB
Crédito:Divulgação
O último ano trouxe um marco histórico para o mercado financeiro com um recorde para o ecossistema de startups. De acordo com o relatório produzido pelo Distrito, o setor de fintechs liderou o ranking das startups com a captação de U$$ 3,7 bilhões em 2021 em 176 rodadas. A digitalização e o aumento da presença de fintechs também impactam os grandes bancos que vêm diminuindo consideravelmente seu alcance nos serviços de crédito e de ativos.
Segundo o investidor anjo da Harvard Angels do Brasil e CEO da Nomad, Lucas Vargas, a indústria de finanças oferece produtos que prezam por eficiência, transparência e aderência aos comportamentos mais modernos. “As fintechs encontram uma dor específica e criam uma solução especial para um nicho que sofre com essa grande dor. E à medida que tem aderência, a startup expande a sua atuação, com novos produtos, personas, geografias, entre outros. Há muitas soluções que irão surgir ao longo dos próximos anos”, pontua.
As tecnologias contribuíram para o surgimento de um perfil de consumidor que espera por soluções imediatas. Esse contexto favorece as fintechs, que tendem a ser mais ágeis que as empresas tradicionais. “Devido ao crescente uso dos dispositivos móveis, é natural optar por serviços que priorizem a resposta imediata e prezem pela eficiência durante a experiência do consumidor”, avalia Vargas.
As fintechs permitem que o usuário tenha menos burocracia na abertura de contas, melhor gestão para o uso de dados, menores custos (taxas, spreads, anuidades) e ofertas de produtos com experiências melhores. Conforme o associado da Harvard Angels do Brasil e CEO da Revolut Brasil, Glauber Mota, as fintechs estão investindo em novas tecnologias e inovando nos modelos de negócios para gerar mais valor e conveniência para o cliente. “O avanço digital trouxe maior oferta de serviços para o consumidor, como é o caso do PIX e do open banking. Cada vez mais as pessoas utilizam os bancos digitais como a sua conta principal. É um caminho sem volta, estimulado pelo próprio Banco Central, que realiza um excelente trabalho ambiente regulatório para incentivar a competição e a inovação tecnológica”, afirma Mota.
Diferenciais na prática
Um exemplo que vem em encontro com a necessidade de atender o consumidor é a proposta da iUPay, investida da Harvard Angels do Brasil. A fintech, que auxilia na gestão e controle financeiro do usuário final, oferece uma central de notificações que alerta o cliente sobre qualquer movimentação e status das cobranças, além de informar caso houver atraso no envio de contas recorrentes. O serviço conta ainda com monitoramento de multas e IPVA de veículos com os respectivos pagamentos.
O setor financeiro obteve um crescimento astronômico e se depara com um novo momento. “O cenário é competitivo e seguimos em um processo de transformação contínua. As soluções diretas para os consumidores seguirão evoluindo e ainda há muito a ser construído”, finaliza Vargas.