Faroeste: STJ mantém preventiva de operadores de esquema de venda de sentenças
Superior Tribunal de Justiça decidiu manter a prisão preventiva de 3 réus da Operação Faroeste, que investiga venda de sentenças do TJ-BA em processos de grilagem de terras na Bahia
- Data: 08/04/2021 12:04
- Alterado: 08/04/2021 12:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Mantida prisão preventiva de acusados de denda de sentenças no Judiciário da Bahia
Crédito:Reprodução
A decisão da Corte Especial do STJ, alcança três supostos operadores do esquema: Geciane Souza Maturino dos Santos, Antônio Roque do Nascimento Neves (apontado como “corretor na venda de sentenças judiciais”) e Adailton Maturino dos Santos (que se apresentava como o “cônsul” de Guiné-Bissau).
A deliberação desta quarta-feira, 7, atende a uma manifestação da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, enviada ao relator do caso, ministro Og Fernandes, na segunda-feira, 5. O documento apontou que estavam configuradas as hipóteses para renovação da medida cautelar já decretada, considerando o dispositivo da lei anticrime que determina a reavaliação de preventivas a cada 90 dias. No caso dos denunciados na Operação Faroeste, esse prazo expiraria nesta quinta-feira, 8. As informações foram divulgadas pela Procuradoria-Geral da República.
“Serve a presente manifestação ministerial para, mais uma vez, ratificar, a imprescindibilidade das respectivas prisões para normal colheita de provas, garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, vez que demonstrada está a prova da materialidade delitiva, e latentes são os indícios de sua autoria”, frisou Lindôra Araújo em trecho do documento.
Deflagrada no fim de 2019, a Operação Faroeste revelou a existência de suposta organização criminosa integrada por membros da cúpula do Judiciário baiano. A investigação apura a prática dos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro e apontou três núcleos de investigados, integrados por desembargadores, advogados e produtores rurais.