Ex-aluno de Etec disputa medalha na Olimpíada de Paris

Depois de conquistar bronze em Tóquio, ex-aluno da Etec de São Joaquim da Barra, Alison dos Santos está entre os destaques do atletismo nos Jogos Olímpicos de 2024

  • Data: 07/08/2024 11:08
  • Alterado: 07/08/2024 11:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: CPS
Ex-aluno de Etec disputa medalha na Olimpíada de Paris

Alison dos Santos ao lado dos professores Marlene Cheadi Martins Alves, Flávia Honório de Morais e Fábio Piccinato

Crédito:Divulgação

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Em 2015, a professora Marlene Cheadi Martins Alves era diretora da Escola Técnica Estadual (Etec) Pedro Badran, em São Joaquim da Barra, quando recebeu uma visita pouco usual. Recém-matriculado no Ensino Médio da unidade, o aluno Alison dos Santos chegou à diretoria acompanhado da mãe, que fez um pedido inusitado: autorização para o filho usar boné nas dependências da escola.

Antes de completar um ano de idade, o estudante sofreu um acidente com óleo quente e ocultava as marcas que resultaram dessa época em algumas partes do corpo. Na cabeça, o boné cobria uma falha no crescimento do cabelo.

“Ele era um menino de ouro”, comenta Marlene, atual coordenadora pedagógica na unidade, avisando que o elogio não se deve apenas ao sucesso alcançado pelo estudante, hoje atleta olímpico, com uma medalha de bronze conquistada na Olimpíada de Tóquio. “Estudioso, dedicado e educado” são qualidades que a professora atribui ao ex-aluno, sempre afiado nas aulas de história.

Estudante exemplar

Alison dos Santos, também conhecido como Piu, frequentou a Etec até 2017. “No primeiro ano, ele era muito tímido”, lembra Marlene. “Alison lia muito, era perspicaz e já trazia questões relativas ao racismo, estava à frente do seu tempo”, diz.

Com o tempo, Alison foi ganhando segurança, ficou menos tímido. Quase nem usava mais o boné. E já havia alcançado dois metros de altura, o que chamou a atenção de treinadores que viram nele um futuro velocista. Antes de completar o Ensino Médio, foi campeão no Mundial Sub-18, no revezamento 4×100 misto. Outras vitórias sucederam-se ainda antes de Tóquio, quando bateu o recorde mundial na prova mais rápida da história dos 400 metros com barreiras, modalidade em que compete em Paris.

Morando na Flórida, nos Estados Unidos, aos 24 anos, Alison tem poucas chances de voltar à sua cidade. “Ele veio durante a pandemia de Covid-19 e desfilou em carro aberto, mas a escola estava fechada por causa da pandemia”, conta Marlene. Mas, mesmo distante, mantém em São Joaquim da Barra o Instituto Vencendo Barreiras com Alison Santos, em que apoia jovens que pretendem se dedicar ao esporte.

Nesta quarta-feira (7), o velocista disputa a semifinal dos 400 metros com barreiras e pode avançar na disputa para trazer outra medalha olímpica para o Brasil na Olimpíada de Paris. “Estamos torcendo muito por mais uma conquista histórica do nosso aluno, pois o mais importante título de ‘menino de ouro’ ele já tem”, ressalta a professora.

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  • Data: 07/08/2024 11:08
  • Alterado:07/08/2024 11:08
  • Autor: Redação
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