Estudantes brasileiros conquistam medalhas na Olimpíada Iberoamericana de Biologia

Os quatro estudantes que participaram da competição já haviam recebido medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Biologia, organizada pelo Instituto Butantan em parceria com a ESIB

  • Data: 14/09/2024 09:09
  • Alterado: 14/09/2024 09:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Estudantes brasileiros conquistam medalhas na Olimpíada Iberoamericana de Biologia

Da esquerda para a direita: David Li Chiun Liu, medalhista de prata; Marcos Paulo Gonçalves Santos, medalhista de ouro; Pedro Perry Resende, prata e Arthur Kui, ouro.

Crédito:Divulgação

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Nesta sexta-feira (13), quatro estudantes brasileiros foram condecorados em Cuba, com medalhas de ouro e prata, após participação na 17ª edição da Olimpíada Iberoamericana de Biologia (OIAB). Todos os participantes haviam passado por capacitação no Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES/SP), em maio de 2024.

Marcos Paulo Gonçalves Santos e Arthur Kui, levaram o ouro e David Li Chiun Liu e Pedro Perry Resende, a prata. Eles já haviam recebido medalhas de ouro na 20ª Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), organizada pelo Instituto Butantan em parceria com a Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB). A colocação permitiu que os jovens fossem convocados para uma capacitação no Butantan com duração de uma semana. 

“Na OBB, os estudantes têm acesso a uma rede que os conecta ainda mais com os professores e cientistas da área, possibilitando, além das medalhas, vagas em universidades públicas, o que contribui para a formação de uma nova geração de cientistas”, explica Sonia de Andrade Chudzinski, pesquisadora e coordenadora nacional da competição.

Os estudantes do ensino médio foram submetidos a atividades e provas, teóricas e práticas, elaboradas pela equipe do instituto. Ao final, realizaram uma prova classificatória para a OIAB e para a Olimpíada Internacional de Biologia (IBO). Essa aconteceu em julho de 2024, no Cazaquistão. Três alunos capacitados no Butantan ganharam medalhas de prata e bronze na competição mundial, permitindo que o Brasil alcançasse o melhor resultado entre os países Ibero-americanos. 

Impacto na vida dos jovens

Pedro Perry Resende, o único estudante de escola pública entre os competidores, conta que desenvolveu na escola uma iniciação científica sobre olimpíadas de conhecimento. “Eu já gostava e já participava, só que esse trabalho me fez perceber a importância de serem feitas olimpíadas científicas para incentivar o estudo no país”, reflete.

O jovem conta que, ao chegar no Butantan para receber a medalha de ouro e participar da capacitação, percebeu o quão importante era o que estava acontecendo, pois poderia conviver com grandes pesquisadores de um instituto renomado. 

“A gente aprende a parte de conteúdo e a parte técnica, como pipetar, mas tem algo para além disso, que é o desenvolvimento do raciocínio para resolver questões de forma mais rápida e precisa”. Segundo Pedro, “o próprio contato com a biologia, mais aprofundado do que eu tinha antes, me ensinou a pensar diferente”. 

Apesar da aptidão em biologia, Pedro tem preferência pela área de exatas e pretende seguir no curso de matemática aplicada ou bioinformática – para unir os dois mundos. Ele deve aplicar no vestibular também pela modalidade olímpica, disponível em instituições como a USP, Unicamp, Unesp, Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e Federal de Itajubá (UNIFEI). Os critérios de admissão dependem de cada instituição e da medalha obtida.

“Quando eu descobri essa possibilidade eu fiquei incrédulo, pois não havia mais aquela ideia de ‘ou eu preciso estudar para a olimpíada ou estudar para o vestibular’. Isso estar tão junto agora foi algo que me agradou muito”, completa o jovem. 

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  • Data: 14/09/2024 09:09
  • Alterado:14/09/2024 09:09
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