“Em 2030 eu quero estar fora da política” diz Arthur Lira
Lira volta a defender que 2034 seria adequado para adoção do sempresidencialismo, o que “aumentaria a segurança política do País
- Data: 06/03/2023 16:03
- Alterado: 06/03/2023 16:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Marina Ramos / Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, voltou a defender nesta segunda-feira, 6, sua simpatia pelo semipresidencialismo. Ele reafirmou que 2034 seria adequado para o País adotar o regime sempresidencialista. Lira, que fala nesta manhã sobre a reforma tributária em evento organizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), lembrou que a Constituição Federal é semiparlamentarista, mas que o elevado número de partidos políticos no País inviabiliza a adoção do semipresidencialismo. “Nossa Constituição é semiparlamentarista, mas não temos como ser semipresidencialista por causa do grande número de partidos“, disse.
Semipresidencialismo, ou sistema executivo dual, é um sistema de governo no qual o presidente partilha o poder Executivo com um primeiro-ministro e um conselho de ministros.
Lira também disse que o novo Parlamento tem se mostrado mais liberal que a legislatura anterior, mas que esse perfil dos congressistas será confirmado a partir dos próximos dias, quando começarão a ser formadas as comissões especiais na Câmara. De qualquer forma, segundo o presidente da Casa, o ano de 2023 será marcado por muitos desafios para os deputados.
Lira nega querer ser premiê
“Alguns órgãos de imprensa dizem que o Arthur Lira quer ser primeiro-ministro. Não, em 2030 eu quero estar fora da política”, afirma. “O semipresidencialismo vai acabar com essa pendenga de impeachment no País. Terminei o ano passado com mais de 180 pedidos de impeachment do presidente“, emenda, reforçando que isso acaba gerando insegurança política.
Reduzindo o número de partidos políticos
O presidente da Câmara informa que “estamos reduzindo o número de partidos políticos com a cláusula de barreira” e projetou que irão restar no Brasil no máximo oito partidos: dois de esquerda, dois de direita, dois de centro-esquerda e dois de centro-direita.