Eficiência energética: nova fonte de investimento, redução de custos e preservação do planeta
Brasil é um dos maiores produtores de energia solar do mundo, segundo dados do Ministério de Minas e Energia
- Data: 01/12/2023 16:12
- Alterado: 05/12/2023 08:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
Crédito:Freepik.com
O avanço tecnológico já se tornou parte do cotidiano, assim como, as inovações decorrentes deste, cujo foco está em auxiliar os desafios sociais, econômicos e ambientais que estão sendo vividos nos últimos anos. Por meio da conscientização, setores como o da construção civil, implementaram políticas de governança ambiental, social e corporativa (popularmente conhecida como ESG) com o fim de preservar o meio ambiente, já que o setor imobiliário é responsável por 42% das emissões de carbono relacionados à energia na atmosfera, segundo os dados da Architecture 2030, divulgados a partir dos relatórios da Agência Internacional de Energia e da plataforma Statista.
O valor é quase o dobro de gases emitidos provenientes dos transportes, sendo 70% desta emissão proveniente de edifícios que usam a energia para o uso de elevadores, aquecimento e até mesmo ar condicionado, de acordo com a pesquisa da Architecture 2030. Em um mundo onde o crescimento populacional e a urbanização só tendem a crescer nos próximos anos, a demanda por energia também aumenta, sendo a adoção da eficiência energética uma necessidade.
Para Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa de overlays da América Latina: “O setor da construção civil está cada vez mais atento às tendências do mercado, como a sustentabilidade e as inovações tecnológicas. É crucial compreender e responder às demandas do público para garantir o sucesso nos negócios e o bem-estar de todos. Portanto, é fundamental que tanto os consumidores quanto as construtoras estejam sempre atualizados e dispostos a se adaptar às novas demandas e expectativas do mercado”.
A busca por soluções sustentáveis que visem atrair um consumo consciente podem ser alcançadas por meio de isolamento térmico com materiais modernos que buscam reduzir a necessidade de aquecimento e resfriamento ou a aplicação da arquitetura bioclimática nos projetos com o fim de aproveitar desde a sua concepção o máximo das condições naturais em que este será construído com o fim de reduzir o uso de recursos de controle climático. O investimento em energias renováveis, como a energia solar ou eólica, também é um ótimo meio de se promover a eficiência energética em construções, como também, em reduzir a dependência de redes elétricas convencionais.
“À medida que o tempo passa, a importância da indústria da construção civil se torna cada vez mais evidente. Através da construção de edifícios sustentáveis, inteligentes e eficientes, estamos criando espaços que atendem às necessidades da sociedade atual e futura”, finaliza Tatiana.
Tais práticas auxiliam na diminuição do consumo de energia e, consequentemente, na redução do impacto ambiental. Além disso, o investimento em modalidades de eficiência energética também oferecem um bom retorno financeiro ao reduzir custos operacionais e garantir vantagens competitivas no mercado.
O Brasil é um ótimo exemplo de como o investimento em eficiência energética pode trazer frutos, já que é considerado um dos dez maiores produtores de energia solar no mundo. De acordo com Balanço Energético Nacional, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, de 2021 para 2022 o aumento de geração elétrica por meio de painéis solares foi de 79,8%, superando a energia eólica e alcançando o segundo lugar entre as principais matrizes elétricas do país.
Entre os estados mais adeptos da energia solar se encontram São Paula com 13,6% de potência instalada e com mais 2,4 GW em operação, seguido de Minas Gerais com 13,3% de acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Ademais, estados como Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso também aparecem na listagem.
Representando 15,6% da potência elétrica instalada no país, e perdendo apenas para a energia hídrica que ainda se encontra na primeira posição com 50%, a previsão é que 2023 seja um ano de contínuo crescimento para o setor que deve receber um investimento de aproximadamente R$38 bilhões e chegar com uma produção até dezembro de 26 GW de potência instalada conforme os dados da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). Demonstrando não apenas o frutífero mercado da eficiência energética, mas como este pode gerar um impacto significativo no consumo global de energia.