Educação integral: Por que escola custa tão caro?
Escola privada da Grande SP mostra como uma gestão inovadora pode reduzir em quase 70% o valor médio da mensalidade e ainda sim viabilizar ensino integral, com alimentação, inglês e prática de esporte
- Data: 12/12/2024 15:12
- Alterado: 12/12/2024 15:12
- Autor: Redação
- Fonte: Vereda
Arthur Buzatto - Presidente Escola Vereda
Crédito:Divulgação
Pais que buscam o ensino privado para educar seus filhos já sabem: a tarefa não costuma ser barata. E, em 2025, a perspectiva não é das melhores. Segundo pesquisa da Consultoria Meira Fernandes, 98% das escolas particulares do país terão reajuste; dentre essas, quase metade indica um aumento de 8% a 10%. Quando se trata de instituições com ensino integral, a situação fica ainda mais complicada.
O valor de escolas particulares com ensino integral em São Paulo, apesar de bastante variáveis, muitas vezes são mais do que o dobro da média geral do ensino privado do estado. Não é difícil encontrar mensalidades acima dos R$4 mil na Grande SP, o que não necessariamente inclui gastos com material e alimentação.
Para explicar os altos custos, costuma-se falar sobre infraestrutura, qualificação dos professores e o uso de tecnologia. Entretanto, nem todas as escolas seguem a mesma lógica. A Escola Vereda, com mensalidades a partir de R$1,2 mil, desafia os preços praticados pelas concorrentes. Atuando no segmento de ensino integral, a instituição oferece alimentação, materiais didáticos, aulas de inglês e computação por um valor cerca de 70% inferior à média do mercado.
Segundo Arthur Buzatto, presidente e mantenedor da escola, a ideia é desmistificar a percepção de que uma educação de excelência é acessível apenas a uma pequena parcela da população. “Queremos mostrar que é possível oferecer um ensino completo e de qualidade sem que isso seja um privilégio para poucos”, explica.
Como a conta fecha?
Com investidores como Roberto Klabin (Herdeiro da Klabin), Régis Dubrule (fundador e presidente da Tok&Stok), Alfredo Setubal (CEO da Itausa) e Giancarlo Arduini (vice-presidente da Cinpal), a Vereda adota um modelo que permite a economia a partir de pilares como gestão eficiente, uso estratégico de tecnologia e metodologias pedagógicas modernas. Internamente, sistemas próprios auxiliam no monitoramento do desempenho dos alunos, na automação de tarefas administrativas e na otimização do conteúdo acadêmico. Essa abordagem tecnológica permite a redução de custos operacionais sem comprometer a qualidade do ensino.
Por exemplo, enquanto outras escolas podem sofrer com uma má distribuição de aulas para os professores, deixando-os com tempo ocioso entre horários, a Vereda garante que a grade inteira esteja cheia. “Todo o conteúdo acadêmico é organizado e disponibilizado por meio de softwares, e todo o processo burocrático, como o diário de classe e boletins, são digitalizados. Ou seja, usamos a tecnologia para automatizar tudo que for possível para que o professor tenha mais tempo para elaboração de conteúdos e abordagens personalizadas”, aponta Arthur.
Outras decisões que permitem uma operação mais econômica incluem a integração entre todas as unidades e padronização de processos de gestão, e também uma estrutura pedagógica que coloca matérias como inglês diário, programação e lógica computacional na grade regular. As atividades extracurriculares, que ocupam o restante do período integral, focam no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, liderança e mais. Há ainda uma parceria com a Sodexo para garantir alimentação de qualidade, cerca de 900 kg de comida por dia.
“Modelos tradicionais das escolas particulares tendem a encarecer os custos devido à falta de otimização em áreas administrativas e ao subaproveitamento de recursos. A Vereda, ao priorizar a eficiência e a tecnologia, busca oferecer uma alternativa ao padrão estabelecido. Automatizar processo e humanizar relações, essa é a ideia”, conclui Buzatto.