Edições Sesc levam seus autores para a Flip
Casa Edições Sesc apresenta programação exclusiva e venda de livros com descontos
- Data: 20/11/2023 20:11
- Alterado: 20/11/2023 20:11
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Edições Sesc
Crédito:Divulgação
Entre os dias 22 e 26 de novembro (quarta a domingo), as Edições Sesc, segmento editorial do Sesc São Paulo, está presente na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), com a Casa Edições Sesc, localizada na rua Marechal Santos Dias, antiga rua da Matriz. A programação conta com mesas com autores e participantes dos livros da editora, assim como lançamentos e a Loja Sesc com vendas de livros com descontos de 40%.
Dia 23 – Parlapatões, povos originários, revistas literárias e lançamento de Dori Caymmi
Na abertura da programação, no dia 23 de novembro, quinta-feira, às 11h, a mesa “Parlapatões: no ato” traz esquetes e intervenções artísticas com a presença de Raul Barretto e Claudinei Brandão. Na sequência, Cuca Nakasone vai autografar o livro homônimo organizado por ele. A obra reúne fotografias de diversos espetáculos dos Parlapatões, Patifes e Paspalhões, além de textos sobre a arte e trajetória desse grupo teatral fundado há mais de 30 anos, uma referência do teatro de palco e de rua em São Paulo e no Brasil.
“A independência do Brasil na perspectiva indígena” apresenta Edson Kayapó e Télio Cravo, com mediação de Marcos Rufino, para refletir sobre a Independência do Brasil na perspectiva dos povos originários. A mesa acontece no dia 23, quinta, às 15h, e traz para a conversa a construção da memória social, continuidades e rupturas na formação da nação brasileira e representações, vozes e lutas das minorias no desenho dessa nova ordem mundial.
Às 17h, Marcelo Maluf, Aline Bei e Lucélia Borges e Tainan Rocha conversam, com mediação de Adriana Reis, sobre o tema “Literatura fora dos livros”. Como é publicar um texto literário fora do suporte livro? Qual a importância das publicações jornalísticas na disseminação da literatura brasileira? E quais as contribuições do Jornalismo Cultural na produção e difusão literária? Essas e outras questões pretendem ser discutidas pelos participantes, que também vão contar sobre a experiência de criar uma obra original e inédita para a Revista E, publicação do Sesc São Paulo.
Para encerrar a programação do dia 23, às 19h30, Dori Caymmi participa da mesa “Dori Caymmi: 80 anos de um cantador”. Violonista, compositor e arranjador com projetos com os mais diferentes músicos de sua geração, Dori completa oito décadas de vida este ano. Parceiro de artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Nara Leão e Gilberto Gil, ele reúne no livro “Dori Caymmi – songbook: 80 anos de um cantador” fotos, depoimentos e partituras para violão de 26 de suas composições. No encontro, Mario Gil, organizador da obra, conversa com Dori com mediação do jornalista Claudio Leal.
Dia 24 – A obra de Mário Pedrosa, a história da loucura, Pagu, e O Canto da cidade
Na sexta-feira, dia 24 de novembro, às 11h, acontece a mesa “Mário Pedrosa: revolução sensível”, com Francisco Alambert e Izabela Pucu e mediação de Tatiane de Assis. O debate acontece em torno das muitas dimensões de sua obra expressas no livro, uma coletânea de ensaios, depoimentos e imagens de duas exposições realizadas em homenagem a ele. Na obra, são apresentadas as diversas vertentes de trabalho de Pedrosa, que vão do militante político, defensor da democracia e dos interesses da classe trabalhadora; intelectual imprescindível à constituição da crítica de arte no Brasil; vanguardista e figura confiante no poder transformador da arte e da política como motores da revolução social.
A partir das 15h, a mesa “Loucura na civilização” marca o lançamento do livro homônimo, uma tradução das Edições Sesc para a obra de Andrew Scull. Com Maria Homem e Rachel Gouveia, e mediação de Daniela Arbex, vão tratar o tema da loucura através dos tempos, revelando como os transtornos mentais sempre estiveram envoltos em estigma e rejeição. Além disso, falam como se deu o surgimento e a institucionalização da loucura nos hospícios e como as concepções de insanidade foram sendo construídas. Muitas vezes para justificar o enclausuramento e o silenciamento dos indesejados socialmente.
Autora homenageada da Flip, Pagu é tema da mesa “Dos escombros de Pagu”, às 17h. Com mediação de Cris Guterres, a mesa traz Tereza Freire, autora da biografia “Dos escombros de Pagu” e Rudá K. de Andrade, neto de Pagu, para falarem de temas como a produção literária dela, suas viagens pelo Ocidente e Oriente e sua militância política.
A jornalista de música e radialista Patricia Palumbo faz uma sessão de autógrafos do livro “Vozes do Brasil”, às 19h. Ainda no tema musical, a partir de 19h30, acontece a mesa “O canto da cidade: música baiana nas ruas do Brasil”, com Luciano Matos e Ubiratan Marques, com mediação de Claudio Leal. A mesa fará uma retrospectiva da história da música recente produzida em Salvador, contando especialmente a trajetória de Daniela Mercury, dos blocos afro e de toda a música negra brasileira.
Dia 25 – Educação midiática, homenagem a Danilo Miranda, literatura negra, Graciliano antirracista, e lançamento de Leny Eversong
A programação do sábado, dia 25 de novembro, começa às 11h com a mesa “Educação midiática: reflexões e desafios”, com Januária Alves e Douglas Calixto, e mediação de Ellen de Paula. O debate será sobre a urgência em se promover a educação midiática, a partir do Manifesto escrito pelo sociólogo David Buckingham, que a considera um direito à cidadania individual, garantidor da liberdade e da democracia.
Ainda no sábado, às 13h30, acontece a mesa “Gestão Cultural no Sesc São Paulo: quatro décadas com Danilo Santos de Miranda”, uma homenagem ao gestor e filósofo que dirigiu o Sesc SP nas últimas quatro décadas, falecido dia 29 de outubro deste ano. O encontro conta com a presença de Isaura Botelho, autora do livro Romance de formação: Funarte e política cultural (1976-1990), publicado pelas Edições Sesc, e Silvana Meireles, com mediação de Andréa Nogueira.
“A literatura negra e literatura periférica” é o tema da mesa das 15h, com Mário Medeiros e Cidinha da Silva, com mediação de Cris Guterres. Nela, eles falam sobre o percurso das literaturas negra e periférica a partir dos anos 1960, que enfrentou questionamentos, barreiras, invisibilidade, oposição, pouca valoração. Mas, ao negar o que sempre lhes fora atribuído com naturalidade pelo senso comum e pela história social do país, escritores, ativistas e intelectuais negros e periféricos têm aberto espaços de resistência incontornáveis na literatura brasileira. Nesse aspecto, destaca-se a presença de livrarias e editoras dedicadas a essa literatura, com especial participação de mulheres.
O antirracismo de Graciliano Ramos, temática pouco conhecida, vem à tona na mesa das 17h, “Graciliano, romancista, homem público, antirracista”, com Edilson Dias de Moura e Dimmy Anderson. Com mediação de Maria Fernanda Rodrigues, a conversa e leitura de textos de Graciliano traz o enfoque no caráter antirracista de sua literatura e sua atuação como homem público. Além de um dos nomes mais relevantes de nossa literatura, foi um administrador público progressista, com ações na universalização da escola pública e profissionalização do magistério, iniciativas que estão no cerne da sua prisão, em 1936.
No sábado, às 19h30, acontece o lançamento do livro “A incrível história de Leny Eversong ou a cantora que o Brasil esqueceu”. O autor da obra Rodrigo Faour, e a drag queen Carla Freitas contam um pouco da trajetória da artista: a cantora brasileira que nas décadas de 50 e 60 se tornou um fenômeno, fazendo shows em todo o mundo. No Brasil, gravou cerca de 80 discos, atuou em filmes, TV e rádio. Apesar deste repertório, ela não é conhecida no país. O livro mostra o apagamento da cantora conhecida pela voz potente e corpo distante dos padrões de beleza. Ao fim, haverá uma performance de Carla Freitas, se apresentando como Leny Eversong.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Dia 23 de novembro, quinta-feira
11h – Parlapatões: no ato
Com Raul Barretto, Claudinei Brandão e Cuca Nakasone.
15h – A independência do Brasil na perspectiva indígena
Com Edson Kayapó e Télio Cravo. Mediação: Marcos Rufino.
17h – Sarau: Literatura fora dos livros
Com Aline Bei, Lucélia Borges, Marcelo Maluf e Tainan Rocha. Mediação: Adriana Reis.
19h30 – Dori Caymmi: 80 anos de um cantador
Com Dori Caymmi e Mario Gil. Mediação: Claudio Leal.
Dia 24 de novembro, sexta-feira
11h – Mário Pedrosa: revolução sensível
Com Francisco Alambert e Izabela Pucu. Mediação: Tatiane de Assis.
15h – Loucura na civilização
Com Maria Homem e Rachel Gouveia. Mediação: Daniela Arbex.
17h – Dos escombros de Pagu
Com Tereza Freire e Rudá K. Andrade. Mediação: Cris Guterres.
19h – Sessão de autógrafos: Vozes do Brasil
Com Patricia Palumbo.
19h30 – O canto da cidade: música baiana nas ruas do Brasil
Com Luciano Matos e Ubiratan Marques. Mediação: Claudio Leal.
Dia 25 de novembro, sábado
11h – Educação midiática: reflexões e desafios
Com Januária Alves e Douglas Calixto. Mediação: Ellen de Paula.
13h30 – Gestão cultural no Sesc São Paulo: quatro décadas com Danilo Santos de Miranda
com Isaura Botelho e Silvana Meireles. Mediação: Andréa Nogueira.
15h – Literatura negra e literatura periférica
Com Mário Medeiros e Cidinha da Silva. Mediação: Cris Guterres.
17h – Graciliano, romancista, homem público, antirracista
Com Edilson Dias de Moura e Dimmy Anderson. Mediação: Maria Fernanda Rodrigues.
19h30 – Leny Eversong, a cantora que o Brasil esqueceu
Com Rodrigo Faour e a drag queen Carla Freitas.
Serviço
Casa Edições Sesc na Flip 2023
De 22 a 26 de novembro de 2023
De quarta a domingo
Rua Marechal Santos Dias, 43
(Antiga Rua da Matriz)
Centro Histórico de Paraty, Rio de Janeiro
Entrada gratuita
Horários de funcionamento da Casa Edições Sesc:
22/11, quarta-feira – das 17h às 21h
23/11 a 25/11, quinta a sábado – das 10h às 21h
26/11, domingo – das 10h às 17h
Programação completa Sesc na Flip – www.sescsp.org.br/flip+sesc
SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO
Pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento e em diálogo com a programação do Sesc. A editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade.
SOBRE O FLIP+SESC
O Sesc – Serviço Social do Comércio – participa da 21ª edição da Flip como parceiro institucional, em uma programação literária e cultural voltada a crianças, jovens e adultos. As ações Flip+Sesc serão realizadas em uma nova área montada no Largo de Santa Rita, no Centro Histórico, e nos espaços do Sesc que já são tradição durante o evento: o Sesc Santa Rita, com seus cafés literários, oficinas e apresentações artísticas, e a Casa Edições Sesc, com ações baseadas nas obras da editora. O Sesc está presente em Paraty desde 2012, por meio do Polo Sociocultural, com a realização atividades artísticas e culturais, compreendendo o acesso à arte como meio de promoção da cidadania.