Dólar oscila com foco na política monetária do Brasil e EUA

Investidores aguardam as decisões do Copom e do Fed na Super Quarta, enquanto mercados monitoram balanços de gigantes americanas e impactos tarifários do governo Trump

  • Data: 28/01/2025 09:01
  • Alterado: 28/01/2025 09:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Banco Central
Dólar oscila com foco na política monetária do Brasil e EUA

Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil

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No fechamento do dia anterior, o dólar apresentou uma leve desvalorização de 0,10%, cotado a R$ 5,9122. A atenção dos investidores está voltada para as políticas tarifárias do presidente Donald Trump e as iminentes decisões sobre juros que ocorrerão tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Em contrapartida, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, encerrou a jornada com um expressivo crescimento de 1,97%, alcançando 124.862 pontos.

Na manhã desta terça-feira (28), o dólar iniciou o dia em ligeira queda, refletindo um ambiente mais calmo nos mercados financeiros. Este cenário acontece na véspera do que é conhecido como Super Quarta, dia em que simultaneamente ocorrem reuniões dos comitês de política monetária no Brasil e nos EUA.

Definições esperadas para as taxas de juros

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá anunciar um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, levando-a para 13,25% ao ano. Essa expectativa surge em resposta à pressão inflacionária crescente no país. Em paralelo, espera-se que o Federal Reserve (Fed) mantenha as taxas de juros inalteradas, situadas entre 4,25% e 4,50% ao ano, aguardando novos indicadores econômicos e possíveis diretrizes futuras do presidente Trump.

Os investidores estão ansiosos também pelos comunicados que serão emitidos pelos bancos centrais após as reuniões, já que esses documentos podem fornecer insights sobre as futuras orientações das instituições em relação à política monetária.

Balanços financeiros e indicadores econômicos

Ainda no contexto econômico atual, os resultados financeiros de grandes corporações americanas estão sendo monitorados de perto. Nesta terça-feira, empresas como Boeing, GM e Starbucks divulgarão seus relatórios financeiros do último trimestre de 2024, que podem oferecer uma visão clara sobre a saúde econômica dessas companhias e a situação da economia dos Estados Unidos.

Resumo dos Mercados:

  • Dólar: Às 09h01, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 5,9062 com uma queda de 0,10%. No dia anterior, o fechamento foi em R$ 5,9122. Assim, o dólar acumula uma queda de 0,10% na semana e de 4,33% no mês.
  • Ibovespa: O índice inicia suas operações às 10h. Na última sessão, fechou com alta de 1,97%. O acumulado é uma valorização de 1,84% na semana e um ganho de 3,67% no mês.

Acompanhamento das Taxas de Juros:

A expectativa por novas definições nas taxas de juros continua a dominar as atenções dos investidores tanto em solo brasileiro quanto americano. Em relação ao Copom, há previsões concretas para um aumento da Selic para 13,25% ao ano. Economistas já sinalizaram uma nova elevação para março que poderia levar a taxa a até 14,25% ao ano.

Com o aumento da taxa Selic no Brasil, espera-se uma maior atratividade dos títulos públicos nacionais, o que pode resultar em uma maior entrada de dólares no país e aliviar as pressões sobre a moeda local.

O Boletim Focus — relatório semanal do Banco Central — aponta que os economistas projetam que a Selic alcance 15% ao ano até dezembro de 2025. Tal expectativa está atrelada ao cenário inflacionário crescente que o Brasil enfrenta atualmente.

No cenário internacional, permanece a expectativa quanto à manutenção das taxas pelo Fed entre 4,25% e 4,50%. O governo Trump poderá gerar impactos inflacionários adicionais caso avance com promessas relacionadas ao aumento das tarifas sobre produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e poderia pressionar o Fed a adotar uma postura monetária mais rígida.

A semana ainda reserva dados importantes sobre o emprego no Brasil e nos EUA, além das informações sobre a atividade econômica nos dois países e decisões relacionadas aos juros na zona do euro.

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  • Data: 28/01/2025 09:01
  • Alterado:28/01/2025 09:01
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