Dólar dispara após resistência a isenção do IR
Mercado aguarda clareza fiscal.
- Data: 29/11/2024 18:11
- Alterado: 29/11/2024 18:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil
Na última sexta-feira, o dólar apresentou nova alta, apesar das tentativas dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, de tranquilizar o mercado. Ambos se posicionaram contra a proposta de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5.000, sugerida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo eles, tal medida não deve avançar sem condições fiscais adequadas. A moeda americana alcançou R$ 6,007 no final da tarde, após uma sessão volátil.
O apoio dos líderes congressistas às medidas de austeridade fiscal trouxe algum alívio ao mercado. Pacheco destacou que a isenção do IR depende do crescimento econômico e da geração de riqueza sem aumentar impostos. Lira, por sua vez, reafirmou o compromisso da Câmara com o ajuste fiscal e alertou que renúncias fiscais só serão consideradas após cuidadosa análise em 2024.
Apesar dessas declarações, o mercado continua cauteloso devido à comunicação do governo sobre as medidas fiscais. O pacote anunciado por Haddad prevê uma economia de R$ 71,9 bilhões até 2026, mas foi criticado por não incluir ações de maior impacto fiscal imediato. A isenção do IR para salários até R$ 5.000 e a taxação para rendimentos acima de R$ 50 mil causaram incerteza entre investidores.
A estabilidade econômica é crucial para atrair investimentos internacionais. O pacote visa assegurar essa estabilidade ao endereçar a insegurança quanto à dívida pública. Medidas como a revisão do abono salarial e a regulamentação dos supersalários são passos na direção certa. Contudo, o mercado aguarda mais detalhes sobre a implementação dessas ações.
O governo precisa equilibrar interesses políticos e econômicos para garantir a sustentabilidade fiscal e restaurar a confiança dos investidores.