Diadema volta a debater criação da Casa da Mulher Brasileira na cidade
Programa inova ao reunir num mesmo espaço todos os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência
- Data: 15/03/2024 17:03
- Alterado: 15/03/2024 17:03
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Casa da Mulher Brasileira
Crédito:André Baldini
Encontro ocorrido no Paço com a participação de Denise Motta Dau, secretária de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, retomou o debate sobre a instalação da Casa da Mulher Brasileira em Diadema. O encontro contou com a presença da vice-prefeita Patty Ferreira, do secretário de Governo, Mário Reali, da secretária de Assistência Social e Cidadania, Márcia Barral, e da coordenadora das Políticas Públicas para as Mulheres, Sheila Osório.
As primeiras conversas sobre o programa aconteceram em março do ano passado, quando Patty Ferreira apresentou várias demandas ao governo federal, entre elas a construção do hospital municipal, das UPAs Paineiras e Eldorado, e da Casa da Mulher Brasileira.
“A Casa é um serviço inovador que garante atendimento integral e humanizado para mulheres em situação de violência, pois reúne num mesmo local a delegacia, o juizado, a defensoria pública e a promotoria pública”, explicou Denise.
Ela comentou que esse formato evita de a mulher ficar circulando por vários serviços em espaços geográficos diferentes. “Além disso, essa união torna o serviço mais eficiente, pois vamos ter uma equipe multiprofissional reunindo psicóloga, assistente social, delegada e promotora pública discutindo o melhor caminho, o melhor atendimento”, considerou.
A Casa da Mulher Brasileira é um dos eixos do programa ‘Mulher, Viver sem Violência’, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Além de fazer o atendimento integral, a Casa também tem alojamento de passagem e trabalha a autonomia econômica e o empoderamento da mulher.
A vice-prefeita Patty Ferreira disse que o encontro serviu para pensar nas possibilidades de espaços na cidade para a construção da Casa e a discussão de que forma seriam os serviços prestados às mulheres em situação de violência.
Ela lembrou que 53% da população é de mulheres “e a gente estaria atendendo uma parte significativa dos moradores da cidade. Com a Casa, a gente entraria num patamar de melhor atendimento”.
Para Sheila Onório, coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, a Casa vai permitir a promoção de um trabalho em rede, unificado. “Hoje temos a Patrulha Maria da Penha, a Casa Beth Lobo e a Delegacia de Proteção à Mulher em espaços diferentes”.
Ela afirmou que as mulheres num espaço único terão um suporte melhor no atendimento. “Para nós da Coordenadoria, a Casa é um grande avanço na questão de políticas públicas para as mulheres”.
A secretária Denise Motta Dau comentou que o programa Casa da Mulher Brasileira foi criado pela presidenta Dilma em 2013, foi extinto e retomado pelo presidente Lula no ano passado. Atualmente, existem nove Casas no país, em dezembro foi inaugurada a Casa em Salvador, na semana passada em Teresina, no Piauí, e ainda neste será inaugurada a Casa em Ananindeua, no Pará, pertinho da capital. “É um passo definitivo do Estado para o reconhecimento do direito de as mulheres viverem sem violência”, concluiu a secretária.
Ao final do encontro, o prefeito José de Filippi Jr compareceu para elogiar a retomada do debate sobre a construção da Casa. “É um empreendimento de grande alcance social e espero que dê tudo certo”, disse.