Davi Alcolumbre diz que CPI da lava toga ‘não vai fazer bem para o Brasil’
Em meio à possibilidade de senadores protocolarem pedido de abertura da CPI da Lava Toga,o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) diz que a medida não faria bem para o Brasil
- Data: 19/03/2019 13:03
- Alterado: 19/03/2019 13:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A CPI da Lava Toga teria como objetivo investigar eventuais abusos no Poder Judiciário.
As declarações foram dadas por Alcolumbre em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 19.
“Topo fazer um diálogo em relação à reforma e ao aprimoramento da questão do Judiciário. Não vejo nesse momento uma CPI do Judiciário e dos tribunais superiores. Não vai fazer bem para o Brasil”, afirmou.
Alcolumbre citou que o regimento interno do Senado proíbe esse tipo de CPI. No artigo 146, está determinado que CPIs sobre matérias pertinentes à Câmara dos Deputados, às atribuições do Poder Judiciário e aos Estados não serão admitidas. “Seria um conflito que nós criaríamos contra o regimento interno do Senado num momento decisivo da história do Brasil”.
“Eu acho que a possibilidade de propormos uma reforma do Judiciário, montarmos uma comissão para debater com a Justiça brasileira esses gargalos que estão sendo apresentados em muitos momentos pela sociedade, pela opinião pública e pelos próprios senadores, acho que esse seria um caminho do debate salutar para o Congresso Nacional”, afirmou.
Entenda
Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o senador Alessandro Vieira afirmou na Segunda-feira que iria protocolar nesta terça-feira, 19, o requerimento para criação da CPI que investiga o “ativismo Judiciário”. O documento tem assinatura de 28 parlamentares.
Ele minimizou a ideia de que exista uma “crise institucional” no Brasil. “Não existe crise entre Poderes, a crise que existe é de poderosos que estão se sentindo ameaçados, que se achavam acima de qualquer alcance da lei e hoje se sentem ameaçados e se escondem atrás das respectivas instituições”, afirmou.
Em entrevista ao Estado no fim de semana, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a Corte tem sido alvo de um movimento de “assassinato de reputações” e afirmou que vai reagir.
“Esse assassinato de reputações que acontece hoje nas mídias sociais, impulsionado por interesses escusos e financiado sabe-se lá por quem, deve ser apurado com veemência e punido no maior grau possível. Isso está atingindo todas as instituições e é necessário evitar que se torne uma epidemia.”