Da exaustão ao pedido de demissão em massa
Veja seis motivos que tornam a gestão da felicidade importante nas empresas
- Data: 17/01/2024 14:01
- Alterado: 17/01/2024 14:01
- Autor: Redação
- Fonte: PUCPR
Saúde mental
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com um índice de turnover (taxa de rotatividade) de profissionais que chegou a 56% em 2023, o mercado corporativo do Brasil está em alerta máximo com o dos profissionais brasileiros. A retenção de talentos tornou-se um desafio a mais enquanto o índice de profissionais afastados por doenças como depressão e síndrome de Burnout só cresceu nos últimos anos.
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam o Brasil como o segundo país no ranking mundial de Burnout. O levantamento, divulgado em 2023, aponta que 30% da população está acometida pela síndrome.
A solução encontrada pelas empresas foi a criação de diretorias da felicidade, departamentos responsáveis por garantir a qualidade do ambiente de trabalho, monitorar e melhorar os índices de satisfação e felicidade dos colaboradores, alinhar os propósitos entre empresa e profissional e assegurar assim o reequilíbrio nas relações entre trabalho, produção e resultados.
Tradicionais Universidades Brasileiras, como a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) abriram cursos especializados na formação em Gestão da Felicidade e Propósito de Vida para atender a demanda crescente do mercado em busca desses profissionais.
Abaixo seis motivos que fizeram do ano de 2023, um ano decisivo para 2024 fosse o ano dos investimentos em gestão da felicidade.
- 72% dos brasileiros estão estressados no trabalho, segundo dados da ISMA (International Stress Management Association no Brasil);
- Em 2023, 32% dos brasileiros estavam sofrendo de Burnout, segundo dados da ISMA e o Brasil chegou ao segundo lugar no ranking global de casos diagnosticados da doença;
- Desde o final de 2023, o Burnout faz parte da lista de doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da Saúde;
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- Em 2023, segundo levantamento feito pela Revista Forbes, 12% dos profissionais brasileiros aderiram ao movimento “quiet quitting”, ou em português “demissão silenciosa”. Na demissão silenciosa, o profissional faz o estritamente necessário no trabalho, nada a mais, nada a menos. Os motivos para a autopreservação são a insatisfação, a ausência de perspectiva de futuro na empresa, a falta de clareza de gestores e as tentativas de ordenar o trabalhador a fazer mais do que o previsto em contrato;
- Em 2022, quase 7 milhões de profissionais pediram demissão no Brasil em um movimento que ficou conhecido como a Grande Renúncia. Os dados são do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados);
- Segundo pesquisa da LCA Consultores, a grande renúncia ocorreu por diversos fatores, entre os quais a ausência de alinhamento de propósito da empresa com o profissional, ausência de clima organizacional, insegurança, infelicidade e insatisfação com a empresa, gestores e ambiente de trabalho;