Crise hídrica: Brasil enfrenta seca histórica com 5 bacias críticas; Entenda os impactos e desafios 2024!

rasil enfrenta seca histórica em 2024: cinco bacias hidrográficas em alerta; crise hídrica desafia recursos e políticas climáticas enfrentando mudanças urgentes

  • Data: 08/12/2024 08:12
  • Alterado: 08/12/2024 09:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: FolhaPress
Crise hídrica: Brasil enfrenta seca histórica com 5 bacias críticas; Entenda os impactos e desafios 2024!

Crédito:Pixabay - Imagem Ilustrativa

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Em 2024, o Brasil enfrenta um marco alarmante no cenário hídrico, com cinco de suas principais bacias hidrográficas declaradas em “estado de escassez hídrica” pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Esta situação sem precedentes abrange as bacias dos rios Madeira, Purus, Tapajós, Xingu e Paraguai, afetando vastas regiões do país.

Escassez Hídrica

Exceto pelo rio Madeira, que já havia enfrentado condições críticas anteriormente, as outras bacias estão vivenciando pela primeira vez uma situação de seca tão severa desde o início das medições oficiais há mais de cem anos. As áreas somadas destas bacias atingem uma extensão territorial impactada de aproximadamente 2,264 milhões de quilômetros quadrados, o que corresponde a 26% do território nacional.

A declaração de escassez não é apenas simbólica; ela desencadeia ações emergenciais necessárias para evitar um colapso nos sistemas hídricos. Essas medidas incluem a implementação de políticas públicas urgentes, como a prevenção de incêndios em áreas suscetíveis e ajustes no nível dos reservatórios hidrelétricos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Verônica Sánchez, diretora-presidente da ANA, destaca que as declarações de escassez em 2024 foram essenciais para antecipar ações preventivas na região do Pantanal e na Amazônia, onde o acesso a certas áreas foi comprometido devido à baixa navegabilidade dos rios. Sánchez aponta que esta foi a pior seca registrada na região Norte em mais de um século.

Entretanto, o governo federal enfrenta desafios no monitoramento dos recursos hídricos devido a cortes orçamentários. A ANA opera atualmente com um orçamento restrito que afeta sua capacidade de fiscalização e manutenção das estações hidrometeorológicas, vitais para o controle das condições fluviais.

André Lima, secretário do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, enfatiza que as mudanças climáticas tornaram-se uma realidade inevitável, exigindo uma adaptação nos processos governamentais para enfrentar os desafios contínuos das secas e enchentes.

Especialistas como Suely Araújo, do Observatório do Clima, e Carlos Bocuhy, presidente do Proam, ressaltam a necessidade urgente de uma gestão eficiente dos recursos hídricos e da implementação de políticas sustentáveis. A crise atual não apenas ameaça a disponibilidade de água potável mas também acirra disputas regionais por recursos hídricos.

O Brasil precisa unir esforços para mitigar os impactos dessas mudanças climáticas e assegurar a sustentabilidade hídrica para as gerações futuras. Como Márcio Santilli do Instituto Socioambiental adverte: ou enfrentamos este desafio coletivamente ou sofreremos as consequências.

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