Coronavírus: saiba como se proteger, o que evitar e grupos mais vulneráveis

Veja cuidados da doença que se espalhou rapidamente pelo mundo para idosos, gestantes e recém-nascidos, informações para viajantes e de higienização de celulares

  • Data: 15/03/2020 10:03
  • Alterado: 15/03/2020 10:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Coronavírus: saiba como se proteger, o que evitar e grupos mais vulneráveis

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A rápida expansão do novo coronavírus no mundo fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar estado de pandemia por causa da doença. O cenário, com rápida propagação também no Brasil, preocupa a população, mas a covid-19 pode ser evitada com medidas simples de prevenção, que devem ser intensificadas.

Para se prevenir do vírus, a principal orientação é fazer uma boa higiene das mãos, mas não bastam apenas cinco segundos embaixo da água corrente. Segundo especialistas, a forma mais eficaz é esfregar toda a mão com água e sabão ou gel desinfetante por 20 segundos. Veja essa e outras recomendações a seguir.

DÚVIDAS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS
Especialistas e representantes de entidades médicas afirmaram ao longo dos meses que a nova forma do coronavírus estava sendo estudada. Observar a maneira como os países respondiam ao surto também era uma maneira de criar estratégias próprias. Mas alguns detalhes como forma de transmissão, sintomas e medidas preventivas foram facilmente identificadas e divulgadas.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A DOENÇA
A covid-19, nome que se dá à enfermidade, teve início na China em dezembro de 2019 e teve o primeiro registro fora do país asiático em 13 de janeiro deste ano, na Tailândia. Desde então, o vírus vem se espalhando, chegou a mais de 100 países em todos os continentes e continua se disseminando nos territórios. Na nação que teve origem os casos começaram a diminuir, o que indica que pode ocorrer o mesmo nos demais países – provavelmente após atingir um pico indeterminado.

SINTOMAS:

O principal sintoma do novo coronavírus é febre forte, que pode vir acompanhada de tosse, aperto no peito, falta de ar e dificuldade para respirar. Os pacientes após infectados têm um período de incubação do vírus de 1 a 14 dias quando podem aparecer os primeiros sintomas. A duração média dos sintomas vai de 7 a 10 dias para pacientes com sintomas mais brandos e no caso de se estenderem, ou a situação se agrave após esse período, é necessário ficar em quarentena de, ao menos, 14 dias. A internação só é necessária em casos mais graves quando o paciente irá necessitar de atendimento médico ou terapia intensiva; na maioria dos casos, a dos pacientes diagnosticados com quadro leve, a melhor solução é permanecer em isolamento domiciliar, evitando contato com outras pessoas, com seus objetos de uso cotidiano higienizados separadamente e com extrema atenção para todas as pessoas que tiverem contato, sendo necessário que essas façam o teste para o novo coronavírus.

DESCASO E HISTERIA
O índice de letalidade da covid-19, de 3,4%, é consideravelmente mais baixo em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e à Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), outras epidemias causadas pelo coronavírus. A Sars, que abalou a Ásia em 2003, apresentou taxa de aproximadamente 10%; a Mers ultrapassou a casa dos 34%. Já A gripe comum possui porcentagem baixíssima de mortos, inferior à do novo coronavírus. Nos Estados Unidos, apenas 0,05% dos casos anuais é fatal, segundo análise dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A gripe H1N1, pandêmica entre 2009 e 2010, também é menos letal, com taxa de 0,6%.

Para Raquel Muarrek, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz, o temor é grande por ainda não haver vacina nem tratamento específico para a infecção por covid-19. Os vários níveis de adaptação do vírus também são responsáveis pela tensão global. Por fim, há ainda o temor de sobrecarga dos sistemas de saúde com a alta procura por atendimento.

A taxa de mortalidade entre pessoas com doenças crônicas é até nove vezes maior quando comparada à de pacientes sem patologia preexistente. Segundo dados do governo chinês, no grupo de infectados que não tinham nenhuma comorbidade, apenas 1,4% morreu. Já entre os pacientes com alguma doença cardiovascular, por exemplo, o índice chegou a 13,2%.

LAVE AS MÃOS CORRETAMENTE
Essa medida básica tem benefícios maiores, segundo Francisco Ivanildo Oliveira Júnior, supervisor do ambulatório do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “As pessoas devem higienizar as mãos não só para se proteger do coronavírus, mas de outras infecções virais”, explica. Veja aqui como lavar as mãos corretamente.

USO DE MÁSCARAS
O surto da doença também levou ao aumento da procura por máscaras de proteção, mas especialistas afirmam que o item deve ser usado por pessoas que estão com infecções virais a fim de evitar transmitir para outras. “As pessoas devem se manter afastadas pelo menos um metro de quem está tossindo ou espirrando, que é a distância que as gotículas podem atingir”, recomenda o médico, que também é gerente do Controle de Infecção Hospitalar do Sabará Hospital Infantil.

IDOSOS SÃO GRUPO DE RISCO
Para pessoas com mais de 70 anos, a covid-19 é ainda mais perigosa. A taxa de letalidade do vírus é considerada baixa (entre 2% e 3%, segundo a OMS), mas o número sobe para 8% em quem tem de 70 a 79 anos e chega a 15% em maiores de 80 anos. Além das recomendações clássicas, o professor de Infectologia da Unifesp, Celso Granato, recomenda que esse grupo social evite contato com crianças.

CRIANÇAS E CORONAVÍRUS
Os pequenos também podem contrair o novo coronavírus, mas os casos costumam ser leves e sem sintomas. Ainda assim, eles podem transmitir o agente infeccioso para outras pessoas. Isso fez com que colégios em São Paulo incentivasse a troca de beijos e abraços por sorrisos, o que pode gerar dúvidas nas crianças sobre o que elas estão vivendo. As perguntas surgem e a melhor orientação é tratar o assunto com tranquilidade, no caminho da conscientização.

VIAGENS AO EXTERIOR
A Itália é o segundo país com mais casos confirmados de coronavírus, ficando atrás da China. Isso levou o primeiro-ministro italiano a decretar quarentena em todo o território e o fechamento de lojas. Quem tinha viagem marcada para lá ou outro país com risco de infecção começou a pensar duas vezes. O Procon e o MPF chegaram a orientar as pessoas sobre medidas de cancelamento de voos.

GESTANTES, LACTANTES E RECÉM-NASCIDOS
Mesmo com estudos que apontam que os casos do novo coronavírus não evoluíram para formas graves em gestantes, grávidas devem seguir as orientações de higienizar as mãos e evitar aglomerações. Manter a carteira de vacinação atualizada e evitar idas ao pronto-socorro em caso de resfriado também são indicadas.

LIMPEZA DE SMARTPHONES

Os smartphones podem funcionar como depósitos das gotículas que transmite a doença. Os cuidados com o celular incluem um elemento quase indispensável no atual momento: o álcool em gel. A orientação é higienizar o aparelho com o auxílio de um lenço de papel embebido em álcool.

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  • Data: 15/03/2020 10:03
  • Alterado:15/03/2020 10:03
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