Copom aumenta taxa Selic para 13,25%, mantendo Brasil com maior juro real
O aumento de 1 ponto percentual posiciona o Brasil com a segunda maior taxa de juros real do mundo, atrás apenas da Argentina.
- Data: 29/01/2025 19:01
- Alterado: 29/01/2025 19:01
- Autor: Redação
- Fonte: Banco Central
Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou um aumento na taxa Selic, elevando-a em 1 ponto percentual para 13,25% ao ano. Essa medida reafirma a posição do Brasil como detentor do segundo maior juro real do mundo, um dado que atrai a atenção de economistas e investidores.
A taxa de juros real é calculada subtraindo-se a expectativa de inflação para os próximos 12 meses da taxa nominal de juros. De acordo com dados coletados pela plataforma MoneYou, a taxa real brasileira ficou em 9,18%, enquanto a Argentina, que recentemente ultrapassou o Brasil na classificação, apresenta uma taxa real de 9,36%. Antes, em dezembro, o Brasil ocupava a segunda posição, atrás da Turquia.
Fatores que influenciam o juro real
Os fatores que influenciam o juro real incluem aspectos como risco fiscal, flutuação cambial e a inflação. O recente descontentamento com o pacote de austeridade fiscal proposto pelo governo também teve impacto significativo na definição das taxas.
O destaque do último levantamento foi a Argentina, que fez uma ascensão notável no ranking, passando da 28ª para a 1ª posição. Este avanço é atribuído à redução tanto na taxa de juros quanto na inflação. Por outro lado, a Turquia caiu para o último lugar na lista.
Taxa nominal de juros
No que diz respeito à taxa nominal, o Brasil mantém sua posição entre os países com as maiores taxas do mundo, ocupando atualmente o quarto lugar no ranking global. A lista dos países com as taxas mais altas é liderada pela Turquia (45%), seguida pela Argentina (32%) e Rússia (21%). O México e a Colômbia completam o grupo dos cinco primeiros.
A tabela abaixo ilustra as taxas nominais dos principais países:
- Turquia: 45,00%
- Argentina: 32,00%
- Rússia: 21,00%
- Brasil: 13,25%
- México: 10,00%
- Colômbia: 9,50%
- África do Sul: 7,75%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 6,50%
- Filipinas: 5,75%
- Indonésia: 5,75%
- Polônia: 5,75%
- Chile: 5,00%
- Hong Kong: 4,75%
- Reino Unido: 4,75%
- Estados Unidos: 4,50%
- Israel: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Nova Zelândia: 4,25%
- República Checa: 4,00%
- Canadá: 3,25%
- Alemanha: 3,15%
- Áustria: 3,15%
- Espanha: 3,15%
- Grécia: 3,15%
- Holanda: 3,15%
- Portugal: 3,15%
- Bélgica: 3,15%
- França: 3,15%
- Itália: 3,15%
- China: 3,10%
- Coreia do Sul: 3,00%
- Malásia: 3,00%
- Cingapura: 2,98%
- Dinamarca: 2,60%
- Suécia: 2,50%
- Tailândia: 2,25%
- Taiwan: 2,00%
- Suíça: 0,50%
- Japão: 0,50%
A elevação da Selic representa uma estratégia do Banco Central para conter a inflação e estabilizar a economia brasileira em um cenário global incerto. O impacto dessas decisões monetárias será monitorado de perto por analistas e investidores que buscam entender suas implicações para o crescimento econômico e a estabilidade financeira no país.