Contas da Craisa serão auditadas pela Fundação Getúlio Vargas

A Prefeitura de Santo André contratou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) para analisar procedimentos administrativos, contábeis e financeiros efetuados entre 2009 e 2012 na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). A medida foi tomada após série de irregularidades e falta de pagamentos a fornecedores – mesmo com dinheiro em caixa – ser detectada em levantamentos internos.

Os débitos identificados em prévia auditoria interna somam mais de R$ 17 milhões, entre os quais o não pagamento de fornecedores de merenda escolar, de refeição do servidor e hospitalar (R$ 11 milhões); de impostos como INSS (R$ 3,8 milhões), ICMS, IRRF, PIS/PASEP, Cofins, FGTS e de outros débitos com a receita federal (R$ 480 mil); além de férias das merendeiras referentes a janeiro de 2013 (R$ 313 mil). Tais valores deveriam ter sido quitados em dezembro do ano passado.

 “Tivemos de partir para este exercício após observarmos inconsistências com relação direta ao descumprimento do rito fiel da gestão pública”, ressaltou o superintendente da Craisa, Hélio Tomaz Rocha. “A ideia é que esta auditoria nos ajude a identificar, ou aponte um caminho, para onde foram estes R$ 17 milhões”, acrescentou.

Outro débito encontrado, referente ao ano de 2012, foi quanto ao não pagamento da rescisão de contrato de funcionários comissionados. “Devido a este problema, acabamos tendo gasto extra para providenciar a rescisão e quitação desta dívida em janeiro deste ano”, lembrou Rocha. Especificamente em relação às férias das merendeiras – desfrutadas sempre no primeiro mês do ano –, a atual gestão conseguiu quitar o débito em janeiro desde ano.