Confira o artigo de autoria do jornalista e colaborador Paiva Netto ‘Não somos robôs’

“Mais do que nunca, hoje, amar a existência é saber valorizar e defender a Mãe Natureza, da qual somos parte intrínseca”, a escrita relata a gravidade da crise hídrica

  • Data: 14/09/2021 10:09
  • Alterado: 14/09/2021 10:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: José de Paiva Netto
Confira o artigo de autoria do jornalista e colaborador Paiva Netto ‘Não somos robôs’

José de Paiva Netto

Crédito:Reprodução LBV

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Na noite de 30 de janeiro de 1989, conversava com uma plateia de moços sobre o valor da vida e das lições com que nos presenteia, reflexão que ofereço aos que me honram com sua leitura: 

Jovens, ouvi o ensinamento da Natureza, o recado das plantas e dos animais, por inexpressivos que vos pareçam. Não é à toa que temos cercado de flores, arbustos, árvores, atrativos perenes suscitados pelo Pai Celestial, as nossas obras. Encantai-vos com o voo dos pássaros e o som da cigarra, com o vento a abrir caminho entre as folhas e a melodia exótica do grilo ao entardecer. Não passeis distraídos diante de tanta beleza. Não sois robôs! Isto dará reforço à vossa humanidade. A Natureza incessantemente canta aos vossos corações. De onde vem a força da Alma? Também da genuflexa observação de tudo isso… que é vida, Deus, Jesus, o Espírito Santo e a Natureza em si.

Crise hídrica

Mais do que nunca, hoje, amar a existência é saber valorizar e defender a Mãe Natureza, da qual somos parte intrínseca. O contrário disso desencadeará graves consequências.

Uma boa estratégia para proteger o planeta e oferecer segurança aos seus habitantes passa por decisivos atos de prevenção. E para eficientemente pô-la em prática é necessário também buscar experiências e informações catalogadas pela História, que, no dizer de Cícero (106-43 a.C.), “é a mestra da vida”

Essa providência urge ser cada vez mais empreendida pelos países na solução da acelerada degradação ambiental e da crescente crise hídrica, a exemplo da que vem ocorrendo no Brasil, na Califórnia e em diversos países da África e da Ásia.

Se quisermos sobreviver e deixar como herança um garantido abastecimento de água às novas gerações, esse assunto deve ser pauta diária, acompanhada de atitudes pontuais.

Atentar para os estudos da Meteorologia, em avanço constante, e agir preventivamente é caminho acertado. Falando ao programa Biosfera, da Boa Vontade TV, no Brasil, o professor Antonio Carlos Zuffo, do Departamento de Recursos Hídricos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), citou um dos motivos daquela grave escassez de chuva ocorrida em 2014, por exemplo, em São Paulo, e que, cada vez mais, atinge outras regiões de nosso território:

“Acredito que isso é o resultado cíclico natural da atividade solar, que a gente chama em Hidrologia de ‘Efeito José’. Ele prevê, ao longo do tempo, um período de baixas precipitações sucedido por longo período de altas precipitações, e assim sucessivamente. Então, observamos na década de 1930 até os anos 1960 precipitações abaixo de uma determinada média, a média era inferior; houve esse aumento a partir da década de 1970 e, agora, acredito que vamos passar por mais ou menos de 30 a 40 anos de precipitações mais baixas do que aquelas que verificamos nesses últimos 40 anos”.

A palavra do professor Antonio Zuffo nos mostra a importância dos registros climáticos do passado. O “Efeito José” é um conceito de Hidrologia de 1968, nascido de um trabalho dos pesquisadores Benoit Mandelbrot (1924-2010) e James R. Wallis. Eles estudaram os dados fluviométricos históricos de alguns dos grandes rios do mundo, em particular do Nilo, no Egito. O nome faz referência à passagem do Velho Testamento, em que José anuncia sete anos de fartura seguidos de sete anos de fome, depois de analisar o enigmático sonho do faraó, no qual sete vacas magras devoram sete vacas gordas e sete espigas mirradas consomem sete espigas graúdas (Gênesis, capítulo 41).

Contudo, o famoso personagem bíblico não só previu os tempos difíceis, mas percebeu como impedir a carestia total. E, assim, sob a aprovação do faraó, utilizou a estratégia da prevenção, salvando o povo egípcio. 

Em qualquer área, administrar é chegar antes.

A destruição da Natureza é a extinção da raça humana

O que mais precisa ocorrer ainda para que o mundo, por completo, acorde ante o iminente perigo que nos espreita? E depois negam a realidade do Apocalipse e o valor da grande tribulação, anunciados por Jesus. E, isto é: quando os leem…

Mas, graças à natural teimosia de sobreviver da espécie humana, iniciativas para a melhora do planeta surgem em escala apreciável. 

Como sempre bradamos: a destruição da Natureza é a extinção da raça humana.

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  • Data: 14/09/2021 10:09
  • Alterado:14/09/2021 10:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: José de Paiva Netto









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