Como as empresas estão investindo em políticas inclusivas para mulheres que são Mães

Maioria da população concorda que gravidez é usada como empecilho em entrevistas de emprego para não contratar mulheres

  • Data: 14/05/2023 10:05
  • Alterado: 14/05/2023 10:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Como as empresas estão investindo em políticas inclusivas para mulheres que são Mães

Crédito:Divulgação/Getty Images

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No mês das mães, empresas e especialistas de RH reforçam a importância de investimentos focados em políticas internas inclusivas para as mães no mercado corporativo. A pesquisa “Mulheres no Trabalho – 2022″, feita pela Opinion Box e Nielsen, apontou a realidade e as dificuldades da mulher brasileira no mercado nacional. Segundo dados apurados, 88% das entrevistadas concordam que gravidez é usada como empecilho em entrevistas de emprego para não contratar mulheres. Além disso, ainda de acordo com a pesquisa, 47% concordam que mulheres são questionadas sobre sua capacidade de realizar seu trabalho quando ficam grávidas.

Nesse sentido, empresas estão cada vez mais empenhadas em investir em soluções e iniciativas que reforcem a importância das mulheres no mercado de trabalho, a fim de assegurá-las ao longo de toda sua trajetória profissional, sem que isso afete negativamente sua vida pessoal.

Inserida neste contexto, a Intelligenza IT, maior consultoria nacional de tecnologia SAP para RH, possui um olhar bastante sensível para o tema. “Aqui as mulheres são contratadas, promovidas e colocadas em desafios, independente se estão grávidas, se têm filhos pequenos ou maiores. O nosso foco é ter as melhores pessoas para oferecer ao mercado um time incrível, diverso e as melhores soluções. Para que as mulheres tenham a mesma equidade dos homens diante do nascimento de uma criança, é necessário que as empresas se aprofundem em iniciativas que visem o bem-estar das mulheres no ambiente corporativo, com mais benefícios voltados para a valorização do trabalho dessas profissionais, independente do seu momento de vida”, afirma Francisco Pereira, diretor de RH da Intelligenza IT. Atualmente, o quadro interno da empresa conta com mais de 280  funcionários, dos quais, 42% são representados por pessoas que se identificam como gênero feminino, sendo 48% delas responsáveis por cargos de liderança.

O especialista ainda destaca dicas para as empresas investirem cada vez mais na causa, a fim de contribuir para a diminuição dos índices de desigualdade do mercado. Entre elas, está investir na criação de um comitê interno, responsável por promover ações de conscientização e estar atento às movimentações da empresa para garantir vagas inclusivas. Pereira ainda fala sobre a importância de construir uma cultura institucional forte em valores e aberta a todos, visando tornar o ambiente profissional saudável e diverso.

No Infojobs, a pauta “maternidade” também é levada a sério. Além de realizar estudos frequentes para entender como o mercado de trabalho funciona para as mães, a empresa também produz conteúdos – por meio de palestras, materiais ricos e publicações, para reforçar a importância de criar políticas inclusivas nas corporações. “É importante lembrar que não existe uma fórmula pronta. Cada empresa precisa olhar para o perfil das colaboradoras que são mães e entender as necessidades individuais. A partir desse ponto, ações devem ser estruturadas de maneira que seja possível equilibrar a carreira com a vida pessoal, especialmente no que diz respeito às necessidades de uma criança”, opina Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, HRTech que oferece soluções para RH.

Embora a sociedade tenha evoluído, e a opressão sofrida pelas mulheres tenha reduzido, ainda há desafios a serem enfrentados. Portanto, Ana desafia negócios a pensarem em uma dinâmica igualitária desde a base. “Uma pesquisa que realizamos mostrou que 61,9% das mulheres já enfrentaram situações invasivas nos processos seletivos. Entre as perguntas mais frequentes estão justamente aquelas sobre filhos. Quando temos um número expressivo desses aliados às 69,7% que afirmam ter tido a credibilidade questionada apenas por ser mulher, fica evidente que o problema precisa ser tratado desde o início.

Já a Conta Azul, empresa que oferece um ERP de gestão financeira para empreendedores, compreende a necessidade dos investimentos voltados à garantia do bem-estar de seus colaboradores dentro da instituição, e trabalha para que o ambiente seja cada vez mais inclusivo, respeitoso e diverso. Hoje, a fintech oferece licença maternidade estendida de 6 meses, e no retorno, a colaboradora tem o benefício de uma jornada reduzida em 1 hora por dia por mais 6 meses, que podem ser acumulados dentro da semana, além de auxílio creche, colônia de férias na sede para os filhos dos colaboradores, e do auxílio Pulpa – aplicativo para guardar dinheiro para o futuro da criança, todos pensados para tornar a empresa cada vez mais consciente e aberta a iniciativas que visam a satisfação de seus colaboradores e principalmente que contribuam para a valorização das mulheres no mercado de trabalho.

Karin Ramos, diretora de RH da Conta Azul, ressalta a importância da representatividade feminina na empresa. “Trabalhamos para que as mulheres aqui se fortaleçam, sejam respeitadas e possam exercer toda a sua potencialidade em suas carreiras, e hoje, nos orgulhamos por ter metade do nosso time constituído por mulheres, cada uma delas em momentos de vida e de carreira diferentes. Ter tantas mulheres contribuindo com seus olhares, com suas características e aprendizados, resulta em termos o privilégio de contar com um grupo de competências particulares que fazem a diferença na forma como trabalhamos. As mulheres têm a habilidade de exercer com maestria vários papéis, tem um olhar sensível e a atenção a detalhes que podem gerar resultados e experiências diferentes”, afirma.

Na Impulso, organização especializada no desenvolvimento de profissionais e entrega de times de tecnologia sob demanda, a igualdade de gênero é uma prioridade, especialmente para a gestão, que é formada principalmente por mulheres. Mais de 73% dos cargos de liderança na empresa são ocupados por mulheres, que enfatizam a importância de iniciativas que promovam oportunidades e benefícios para ajudar a sustentar e impulsionar suas carreiras. “Atualmente, vemos mais esforços e iniciativas para aumentar a presença feminina no mercado de trabalho, mas ainda há uma longa jornada para alcançar a igualdade de gênero no setor, principalmente devido a visões antiquadas sobre a maternidade – e isso precisa mudar”, afirma Kari Silveira, co-fundadora e COO da Impulso.

A empresa valoriza relacionamentos genuínos com seus funcionários e oferece uma licença parental remunerada para as mães, seja para o nascimento de um bebê ou para adoção legal. Além disso, a Impulso oferece a opção de trabalho assíncrono ao retornar ao trabalho, permitindo que as profissionais não trabalhem simultaneamente, para que possam se adaptar à nova rotina sem precisar abrir mão de suas responsabilidades e horários especiais com a família. “Entendemos a necessidade de promover um ambiente de trabalho sustentável e, por isso, nosso objetivo é fornecer todo o apoio necessário para as mães, durante a licença maternidade e ao retornar ao trabalho”, finaliza a executiva.

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  • Data: 14/05/2023 10:05
  • Alterado:14/05/2023 10:05
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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