Como a relação entre diabetes e obesidade afeta o coração dos brasileiros

Em celebração ao dia 14 de novembro, data marcada pelo Dia Mundial do Diabetes, especialista alerta sobre a combinação dessas condições.

  • Data: 14/11/2024 20:11
  • Alterado: 14/11/2024 20:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Como a relação entre diabetes e obesidade afeta o coração dos brasileiros

Crédito:Governo de SP

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A relação entre diabetes, obesidade e doenças do coração apresenta um alto alerta à saúde pública, e estima-se que entre 60% e 90% dos portadores de diabetes tipo 2 também tenham obesidade⁴. Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, mais de 16 milhões de adultos no Brasil vivem com diabetes¹, enquanto o Vigitel 2023, sistema de monitoramento de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, aponta que mais da metade da população brasileira tem sobrepeso ou obesidade². Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica, a obesidade é complexa, multifatorial e está associada a mais de 200 condições, incluindo as doenças cardiovasculares, que são responsáveis por um terço dos óbitos no país e principal causa de morte em pessoas com diabetes. 
  

Em outubro deste ano, a Novo Nordisk anunciou os principais resultados do estudo SOUL, conduzido em Dallas, Texas (EUA) para avaliar o efeito da semaglutida oral (comercializada sob o nome Rybelsus®) em comparação com o placebo sobre os desfechos cardiovasculares em pessoas com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular (DCV) estabelecida e/ou doença renal crônica (DRC). O estudo atingiu seu objetivo primário ao demonstrar uma redução estatisticamente significativa e superior de 14% em eventos adversos cardiovasculares maiores (MACE) incluindo, morte cardiovascular, infarto e AVC não fatal em comparação ao placebo. 
  

A gerente médica de grupo de diabetes da Novo Nordisk, Monica Palmanhani, explica que pessoas com diabetes tipo 2 têm maior risco de desenvolver sobrepeso, obesidade, níveis elevados de triglicerídeos, hipertensão, especialmente se associado a hábitos de vida inadequados como o sedentarismo. “Essas condições frequentemente coexistem e se influenciam mutuamente, representando um grande perigo ao coração, pois doença cardiovascular é a principal causa de morte em pacientes com diabetes. Além disso, um terço das pessoas com diabetes no Brasil ainda não receberam o diagnóstico e, portanto, não recebem tratamento adequado, aumentando o risco de complicações.” 
  

O diabetes é uma condição crônica caracterizada pela produção insuficiente ou resistência à insulina, hormônio responsável por regular a glicose (açúcar) no sangue e fornecer energia ao organismo. Considerada uma doença silenciosa, o diabetes tipo 2 frequentemente não apresenta sintomas no início da doença, tornando o diagnóstico mais tardio. “A prevenção é fundamental, e de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), todas as pessoas com idade acima de 35 anos ou abaixo de 35 anos com sobrepeso ou obesidade, e mais um fator de risco como história familiar de DM2 em parente de primeiro grau, história de doença cardiovascular, hipertensão arterial, síndrome de ovários policísticos entre outros fatores de risco, devem fazer o rastreamento para a doença”, alerta Palmanhani. 
  

Dados do Ministério da Saúde indicam que pacientes com diabetes têm de 2 a 4 vezes mais chances de sofrer infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e outras doenças do coração⁵. “Uma redução de peso de 5% a 15% pode trazer benefícios significativos para a saúde do coração, ajudando no controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e dos triglicerídeos, além de melhorar a resposta do corpo à insulina. Esses benefícios podem reduzir o risco de complicações graves.”, conclui a especialista. 
  

Nesse contexto, vale destacar que desde agosto deste ano está disponível no Brasil o Wegovy® (semaglutida injetável 2,4 mg), o primeiro e único análogo semanal do GLP-1 aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar pessoas que vivem com obesidade e sobrepeso com ao menos uma comorbidade relacionada ao peso¹. Pesquisas clínicas comprovaram que, além da redução média de 17% do peso — sendo que um terço dos pacientes apresenta redução superior a 20% —, a molécula também diminui em 20% o risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE)³. Também já foi comprovado que a redução no risco de MACE ocorre independentemente do grau de perda de peso alcançada, assim como a redução e manutenção do peso por até 4 anos, com relação positiva de risco-benefício e perfil de segurança consistente. 

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  • Data: 14/11/2024 08:11
  • Alterado:14/11/2024 20:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria









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