Comissão do Senado convida Glenn Greenwald para falar sobre conversas vazadas
A CCJ do Senado aprovou hoje, 3, requerimento para que o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept compareça à Casa e preste esclarecimentos sobre mensagens vazadas
- Data: 03/07/2019 17:07
- Alterado: 03/07/2019 17:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Agência Senado
O The Intercept publicou mensagens entre o então juiz Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.
O pedido foi protocolado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da minoria. Ele diz que a divulgação das informações provocou repercussão nacional e internacional e precisa de esclarecimentos.
“As reportagens (…) mostram a suposta troca de mensagens ocorridas entre essas autoridades, colocando em dúvida a necessária imparcialidade sobre a atuação do juiz Sergio Moro, agora ministro da Justiça, nos processos criminais sob sua condução, assim como na dos procuradores envolvidos, entre eles Deltan Matinazzo Dallagnol”, diz o requerimento.
O texto lembra que as reportagens mostram supostas orientações de procedimentos investigativos aos procuradores sobre a Operação Lava Jato, o que infringe dispositivos da Constituição Federal e do Código de Processo Penal.
“A presença do autor dessas impactantes reportagens a esta Comissão de Constituição e Justiça é fundamental para o esclarecimento de um assunto que vem trazendo enorme repercussão para o País. É a oportunidade para que traga as explicações que considere necessárias à sociedade brasileira”.
Glenn Greenwald já foi à Câmara prestar esclarecimentos
O jornalista Glenn Greenwald foi à Câmara dos Deputados em 25 de junho prestar esclarecimentos e garantiu, em seu depoimento aos parlamentares, que as mensagens eram reais. Sua presença serviu de palco para a oposição atacar Sergio Moro e pedir a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro desde abril de 2018. Já os congressistas da base do governo foram críticos a Greenwald – alguns sugeriram que ele deveria deixar o País ou ser preso por ter “colaborado” com o hacker.