Combate à pobreza energética com fontes limpas é prioridade do G20, afirma ministro
GT de Transições Energéticas discute a necessidade de acesso universal à energia e tecnologias limpas. Em reunião bilateral com representante da ONU, ministro brasileiro das Minas e Energia Alexandre Silveira, ressalta a importância de políticas públicas e cooperação internacional no setor.
- Data: 03/06/2024 13:06
- Alterado: 03/06/2024 13:06
- Autor: Redação
- Fonte: Governo Federal
Crédito:Ricardo Botelho/MME
“O mundo precisa combater a pobreza energética em todas as suas formas”, declarou o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, em encontro com Damilola Onguybi, copresidente da ONU-Energia. Para ele, o foco é garantir o acesso universal à energia elétrica e a tecnologias limpas para pessoas cozinharem.
Ele citou, como exemplo de política pública de combate à pobreza energética, o programa brasileiro Luz Para Todos, que utiliza o sistema off grid (energia solar com bateria) para abastecer milhões de casas com energia elétrica. O ministro defendeu também o potencial do Brasil em ajudar os países-membros do G20 na questão social na transição energética.
ACESSO UNIVERSAL — De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), são necessários 8 bilhões de dólares por ano para alcançar o acesso universal à cocção limpa até 2030. Isso significa triplicar os valores que são atualmente investidos na causa (2,5 bilhões de dólares) para alcançar o acesso universal em sete anos.
“Um grande obstáculo para alcançar o acesso universal a tecnologias limpas para cozinhar é a falta de investimento e financiamento dos setores público e privado. Nesse sentido, políticas bem-sucedidas relacionadas ao acesso a essas tecnologias, implementadas por alguns mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, poderiam apresentar oportunidades valiosas para a cooperação entre o Sul Global”, acrescentou Silveira.
O ministro ainda propôs uma parceria com os países africanos para ajudar no planejamento energético para os próximos anos, como tem feito no Brasil, por meio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. “Temos que reconhecer a importância do planejamento energético de longo prazo, nas suas mais variadas frentes, para orientar ações, instrumentos de financiamento e políticas de transição energética nos países”, ponderou.