CIESP SBC realizou a sua plenária mensal
O convidado da noite foi o desenhista brasileiro, Ivan Reis, que atualmente trabalha para a DC Comics, no projeto dos quadrinhos da “Nova Liga da Justiça”.
- Data: 27/03/2014 17:03
- Alterado: 27/03/2014 17:03
- Autor: Redação
- Fonte: Souza Franco
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Através de sua história de vida e luta para conquistar o mercado em uma época em que a profissão era bastante marginalizada no país, Ivan Reis mostrou que aliando talento a determinação, conhecimento de mercado e das próprias limitações, é possível superar as dificuldades e se destacar. Para ele, um dos fatores mais importantes é saber onde se quer chegar: “Aos 14 anos eu decidi que a minha meta era me tornar desenhista de história em quadrinhos de super herói, eu era bem específico, e essa sempre foi a minha busca”. Com esta determinação e forte espírito empreendedor, focado no cliente (e levando calotes), ele iniciou sua carreira.
Sobre o segredo do sucesso ele dá algumas dicas, que podem valer para qualquer segmento do mercado: “Percebi que para agradar ao público, o cliente, é preciso criar um vínculo emocional com ele. No meu caso isso se conquista todo mês estando com minha arte nas bancas.”
Ivan Reis falou sobre o seu dia a dia como desenhista: “Uma única página de quadrinhos leva de 6 a 7 horas para ficar pronta, algumas levam dois dias. É um dos trabalhos mais complexos no meio da arte. É quase o equivalente a dirigir um ator de teatro. Você precisa saber sobre moda, decoração, iluminação, tudo isso para criar uma página. São anos de desenvolvimento e estudo para você chegar no nível de se tornar indispensável para uma empresa. Hoje eu não me preocupo mais com o trabalho, ele me procura. Quando você se destaca parece que foi da noite para o dia, mas demorou décadas para conquistar o reconhecimento. Hoje temos uma geração de jovens que quer o reconhecimento imediato, o glamour. É o que chamamos da geração de príncipes e princesas, a geração da internet, que vive de ilusão, não do trabalho. Quando o reconhecimento demora eles se frustram e não conseguem se manter no mercado.”
Ivan Reis contou porque no início de sua carreira internacional recusou desenhar personagens que eram o sonho de qualquer desenhista, como Homem Aranha, Batman e Homem de Ferro: “Se você faz um trabalho mediano para personagens grandes, vão querer a sua cabeça. Foi por isso que no início recusei desenhar esses personagens, eu queria esperar a hora certa. Tudo tem a hora para acontecer.”
Ivan Reis também falou sobre o impacto dos quadrinhos no mundo corporativo: “Os quadrinhos têm impacto até no mundo corporativo. Quando a empresa quer passar a informação aos seus colaboradores, independente do grau de ensino, os quadrinhos são a melhor opção. O desenho é entendido por qualquer idioma, é a linguagem universal e terá muito mais impacto do que um memorando, por exemplo. “
O diretor titular do CIESP-SBC Hitoshi Hyodo aproveitou para convidar os jovens presentes a conhecerem o CIESP bem como a participarem das diretorias, neste caso destacando o Núcleo de Jovens Empreendedores do CIESP-SBC onde experiências como a do palestrante Ivan Reis, levando sua história sob ponto de vista empreendedora, foi fundamental para seu sucesso juntamente com suas habilidades artísticas.