Chuvas em Minas Gerais deixam 44 mortos e milhares de desabrigados_x000D_
O número de mortos em decorrência das chuvas em Minas Gerais subiu para 44, segundo a Defesa Civil. Treze mortes aconteceram em Belo Horizonte
- Data: 27/01/2020 12:01
- Alterado: 27/01/2020 12:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Há 13.887 desalojados no Estado e 3.354 desabrigados
Crédito:Reprodução/TV Globo
Há 13.887 desalojados no Estado e 3.354 desabrigados. São 19 desaparecidos até o momento e 12 feridos. Diante da tragédia, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) ampliou, de forma sumária, para 47 o número de municípios mineiros em situação de emergência em função dos temporais.
A pasta também disponibilizou, de forma imediata, R$ 90 milhões para as ações de socorro, assistência e reconstrução em todo o País, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Na manhã deste domingo, 26, a prefeitura da capital mineira informou que cinco pessoas retiradas de casa pela Defesa Civil e agentes da assistência social na sexta-feira passada retornaram para a residência na mesma data e foram soterradas no bairro Engenho Nogueira. Ainda conforme o governo municipal, os corpos foram encontrados e as buscas, encerradas, no local.
Gilberto do Carmo Silva, de 41 anos, falou pela última vez com a sua mãe, Marlene do Carmo Silva, de 58 anos, por volta das 20h de sexta-feira. “Me falou que estava tudo bem”, lembrou o pedreiro. “Minutos depois, um amigo me ligou, dizendo que precisavam de mim no bairro, que havia acontecido uma tragédia. Não passou pela minha cabeça que era isto”, rememorou, emocionado.
A mãe dele e três irmãos morreram em um deslizamento de terra no bairro Vila Bernadete, no Barreiro, em Belo Horizonte. O pedreiro, enquanto recebia o conforto de amigos, afirmou ser difícil saber o que vai fazer daqui pra frente. “Não sei. Minha mãe era o nosso suporte. Todos nós nos ajudávamos. Só Deus. É uma dor que não vai passar”.
Apoio
Os recursos federais direcionados aos municípios deverão ser aplicados em ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e reconstrução de estruturas públicas danificadas.
Para ações imediatas, o apoio oferecido pelo ministério abrange desde a distribuição de kits de assistência humanitária (cestas básicas, água potável, kits dormitório etc.) a recursos para a contratação de serviços como a limpeza de vias públicas.
O valor dos recursos destinados a essas regiões ainda pode aumentar, de acordo com o plano de ação a ser elaborado pelos municípios. Além das cidades mineiras, quatro municípios do Espírito do Santo tiveram a situação de calamidade reconhecida de forma sumária pelo governo federal. Lá, a chuva deixou 8.914 desalojados e desabrigados.
O reconhecimento sumário é feito quando a União constata que um desastre público e notório é considerado de grande intensidade. Nestes casos, para agilizar o atendimento à população e garantir o acesso a recursos federais, o MDR realiza o reconhecimento antes mesmo que a solicitação do município ou do Estado preencha todos os pré-requisitos legais.
O relatório da Defesa Civil mineira aponta, além de 13 mortes em Belo Horizonte e uma em Caratinga, seis em Betim e cinco em Ibirité, ambas cidades da Grande Belo Horizonte. As cidades de Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Simonésia, todas na Zona da Mata, registram três mortes.
Outras duas mortes ocorreram em Pedra Bonita e Luisburgo, ambas também na Zona da Mata. Contagem, na Grande Belo Horizonte, tem duas mortes. As cidades de Divino, Santa Margarida, Manhuaçu e Tocantins, as quatro na Zona da Mata, computam uma morte cada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.