Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah: Vitória Diplomática de Biden Aumenta Expectativas de Paz
Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah traz esperança, mas mantém tensões e desafios no cenário do Oriente Médio.
- Data: 27/11/2024 19:11
- Alterado: 27/11/2024 19:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:REUTERS/Adnan Abidi
O recente cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah marca um ponto de virada no complexo cenário do Oriente Médio, sendo considerado uma vitória diplomática do governo Joe Biden. Iniciado na quarta-feira (27), o acordo trouxe esperança para muitos, especialmente para os moradores do sul do Líbano que começaram a retornar às suas casas. No entanto, o acordo ainda deixa muitas questões em aberto, principalmente sobre a capacidade do Líbano em manter a segurança na região.
O contexto político é tenso. O Hezbollah, aliado ao Hamas e apoiado pelo Irã, continua sendo uma força significativa no sul do Líbano. Com cerca de 20 mil soldados ativos e outros 20 mil na reserva, o grupo mantém um arsenal de mísseis, apesar das recentes declarações de Israel sobre ter degradado sua capacidade bélica. A resolução 1701 da ONU, que visa criar um tampão entre Hezbollah e Israel, ainda não se mostrou efetiva.
Enquanto isso, o Exército libanês enfrenta o desafio de enviar 10 mil soldados para a região, uma tarefa que nunca conseguiu realizar plenamente devido à sua fragilidade. Além disso, o cessar-fogo sugere um possível desarmamento do Hezbollah, algo que seus líderes negam veementemente.
A situação permanece instável. O Exército israelense continua atento às movimentações na fronteira, especialmente com a persistente ameaça de contrabando de armas através da Síria. As comunidades no norte de Israel ainda estão em alerta, com muitos deslocados desde o início dos conflitos.
Este cessar-fogo pode ser uma oportunidade para diminuir as tensões e buscar uma solução duradoura para a paz na região. Contudo, como apontado por analistas como Sarit Zehavi, o caminho para um desarmamento completo e sustentável é desafiador e requer vigilância contínua e esforços diplomáticos constantes.