Casa Branca afirma que EUA não financiarão reconstrução da faixa de Gaza
Trump considera realocação temporária dos palestinos enquanto dialoga por estabilidade.
- Data: 05/02/2025 23:02
- Alterado: 05/02/2025 23:02
- Autor: Redação
- Fonte: Casa Branca
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou que os Estados Unidos não assumirão a responsabilidade financeira pela reconstrução da Faixa de Gaza, devastada pelos recentes conflitos. Durante uma coletiva de imprensa, Leavitt também afirmou que o presidente Donald Trump “não se comprometeu” em enviar tropas americanas para o território.
Leavitt destacou que o governo dos EUA está em diálogo com parceiros regionais a respeito da reabilitação do enclave palestino, que sofreu severos danos devido aos bombardeios israelenses durante a guerra contra o Hamas. “Os contribuintes americanos não financiarão a reconstrução de Gaza. Os Estados Unidos não vão pagar por ela”, enfatizou a porta-voz, acrescentando que Washington estará envolvido no processo visando garantir a estabilidade na região.
Apesar de não descartar totalmente a possibilidade de enviar tropas ao território, Leavitt esclareceu que tal medida estaria ligada ao desejo do presidente de manter influência nas negociações. Além disso, ela negou que a proposta de Trump para realocar temporariamente os palestinos de Gaza seja uma solução permanente.
O secretário de Estado, Marco Rubio, corroborou a posição de Leavitt, afirmando que a intenção do presidente é promover uma “realocação temporária” da população local enquanto as obras de reconstrução são realizadas. Durante uma visita à Guatemala, Rubio descreveu a proposta como uma atitude generosa: “A oferta de reconstruir e ser responsável pela reconstrução não foi pensada para ser hostil”, declarou.
A posição italiana sobre o conflito também foi mencionada, com o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reiterando o apoio à solução de “dois povos e dois Estados”. Tajani expressou a necessidade do reconhecimento mútuo entre um eventual Estado palestino e Israel, ressaltando que tanto egípcios quanto jordanos rejeitaram a proposta de Trump e que até mesmo Israel reconhece a necessidade do consentimento palestino.
Em resposta às críticas internacionais sobre sua abordagem, Trump afirmou em entrevista no Salão Oval que seu plano para Gaza é bem recebido globalmente. Durante essa ocasião, ele recebeu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e reiterou sua visão de que os palestinos devem “deixar Gaza para sempre e viver em paz em outros países”, assegurando que os EUA assumiriam o controle do enclave e seriam responsáveis por sua futura “reconstrução”. O presidente ainda fez uma declaração otimista ao afirmar: “Gaza será a Riviera do Oriente Médio”.