Carol e Maria Elisa levam a prata e Ana e Rebecca o bronze no Major
As brasileiras haviam se enfrentado durante a semifinal. Já as norte-americanas April Ross e Alix Klineman levaram a melhor na final por 2 sets a 1 e ficaram com a medalha de ouro
- Data: 15/07/2019 14:07
- Alterado: 15/07/2019 14:07
- Autor: Redação
- Fonte: CBV
Crédito:Divulgação
O Brasil subiu duas vezes ao pódio do Major Series de Gstaad (Suíça), segunda competição mais importante no Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Na manhã deste domingo (14.07), Carol Solberg e Maria Elisa (RJ) levaram a prata ao serem superadas pelas norte-americanas Ross e Klineman, por 2 sets a 1 (15/21, 21/17, 15/12), enquanto Ana Patrícia/Rebecca levou o bronze ao vencer as suíças Nina e Tanja por 2 a 0 (21/14, 21/12).
A prata foi a primeira medalha de Carol e Maria Elisa no Circuito Mundial 2019, rendendo 810 pontos na corrida olímpica brasileira. Com isso, elas chegam aos 3.370 pontos e se aproximam de Ágatha e Duda (PR/SE), em segundo, com 3.830. Ana Patrícia e Rebecca, que somaram 720 pontos com o bronze em Gstaad, lideram com 4.260 (veja a lista completa abaixo).
Maria Elisa comentou a medalha de prata e lembrou que a dupla saiu do classificatório, disputando uma partida a mais do que todos os times semifinalistas, iniciando o torneio na terça-feira. Ela também elogiou a atuação das norte-americanas na decisão.
“Estou muito orgulhosa da minha parceira, do meu time, o que fizemos neste torneio. A final foi incrível, não conseguimos vencer, elas mereceram, mas lutamos por cada ponto. Fizemos um jogo a mais, saindo do classificatório, então estou orgulhosa por nossa campanha”, disse.
Carol também analisou a partida e destacou a alegria por novamente estar no pódio, pela primeira vez em Gstaad, torneio que completou 20 anos no calendário do tour.
“Claro que realmente queria vencer este torneio, mas fico feliz pela campanha. Acho que Maria e eu estávamos jogando muito bem durante todo torneio. Acho que na final, começamos sacando muito bem, dificultando o passe, mas com o tempo não conseguimos encontrar o melhor saque, entender o vento. Mas elas jogaram melhor, mereceram. Estou muito feliz, é ótimo voltar ao pódio, especialmente em Gstaad, um torneio incrível”, disse.
Além dos pontos da corrida olímpica, a prata rende 1.080 pontos no ranking do Circuito Mundial (que define o título geral da temporada), e cerca de R$ 118 mil em premiação. Já Ana Patrícia e Rebecca somam mais 960 pontos no ranking do circuito, que possui pontuação diferente do ranking da corrida olímpica, e levam um prêmio de cerca de R$ 75 mil.
Ana e Rebecca sobem pela quinta vez ao pódio do Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Elas já haviam conquistado o ouro duas vezes, em Haia (Holanda) e Xiamen (China), uma prata em Ostrava (República Tcheca) e um bronze em Jinjiang (China). Rebecca comentou a capacidade do time se reerguer após derrota para as compatriotas na semifinal, por 2 sets a 0 (21/16, 21/16), no começo da manhã em Gstaad.
“Estamos muito contentes, sabemos da importância desse resultado para a corrida olímpica, mas em primeiro lugar gostamos de nos divertir, é a razão pela qual jogamos. Fizemos partidas muito duras contra o time da Suíça, sabíamos que a torcida seria toda para elas. Entrei muito focada, pois não tinha feito um bom jogo na semifinal. Conversamos muito em quadra, buscando não absorver a pressão e apenas desfrutar da atmosfera, deu certo”, declarou.
Outros três times do país disputaram a fase principal em Gstaad. Ágatha/Duda (PR/SE), Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ) e Talita/Taiana (AL/CE) terminaram na nona colocação. O próximo desafio das duplas brasileiras no Circuito Mundial acontece já na próxima semana, a partir de terça-feira (16.07), com a etapa quatro estrelas de Espinho, em Portugal.
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário. Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes no naipe masculino e nove no naipe feminino.